segunda-feira, 20 de novembro de 2017

O que nos distingue

SophieTaeuber-Arp

Costumo pensar que o que nos separa é a cultura, entendida não como o conhecimento sobre as coisas, mas em aprender através das experiências emocionais que permitem a flexibilidade psíquica, admitir diversas realidades e outras formas de ser. 
Talvez a cultura entendida desse modo seja o que nos distingue, se esse processo de transformação envolver as capacidades de criar sentimentos e de digerir, metabolizar nas palavras de Claude Olievenstein*, sonhos ou fantasias no prazer (na criatividade) e não na dor (na destrutividade).
São estes os elementos humanos da nossa desigualdade, não a raça, nem a religião, nacionalidade ou classe.

* O homem paranóide, Editora Instituto Piaget