sexta-feira, 16 de fevereiro de 2018

Se eu ousasse...



Paula Rego Mulher - Cão

“Se eu ousasse deixar correrem em mim os sentimentos que recalquei cá dentro, se por qualquer hipótese eu vivesse esses sentimentos, seria uma catástrofe.”
 Carl R. Rogers Tornar-se pessoa

Não se consegue bater com a porta, ser-se indiferente aos abusos, negligências, incompetências, injustiças, à falta de respeito.
Não se sente um grande vazio. Pelo contrário, estamos atulhados de doutrinas que nos provocam náusea e revolta. Ninguém pode imaginar. Aguenta-se à calada durante muitos anos e durante esse tempo reprimimos sentimentos e desapegamo-nos de nós mesmos. Perdemos a coerência. 
Fica assim embutido em nós, o medo que uma energia demoníaca se liberte por uma fresta.
Se nos libertarmos da ideia que a impotência é expressão do nosso falhanço, a raiva primitiva e potencialmente destruidora perderá a sua força. Mas precisamos primeiro, ajustar contas com a nossa bestialidade para alcançarmos uma forma mais elevada de visão espiritual.
É chegada a altura de definirmos aquilo em que nos queremos centrar?