Conversa a Dois: Jorge Forbes (30/01/15)
O psicanalista Jorge Forbes vêm ao Todo Seu falar sobre o limite entre o Prazer e o Pecado:
(...) mas nós no Brasil não esperamos que tivéssemos esse tipo de violência, que eu chamo de inusitada, como diz a palavra "fora do lugar" que existe nos EUA, de um individuo entrar no cinema e metralhar a plateia, de um aluno entrar no colégio e metralhar os seus colegas de classe. Esta violência não existia aqui (no Brasil). agora existe. Nós temos filhas cursando a universidade e matando pai e mãe e no dia seguinte vão para um churrasco (...) As nossas classificações psiquiátricas anteriores (psicose, neurose, psicopatia...). não dão conta deste (novo) fenónemo (...) como aquela moça que matou pai e mãe, não adianta dizer que é uma histérica, uma perversa, uma psicopata. Nós estamos vivendo um novo fenónemo de uma violência, de uma agressividade fora do lugar, que a meu ver cabe um estudo sobre o desregramento do laço social na pós modernidade. E, é muito curioso que essas pessoas não têm noção do que estão fazendo, elas estão bem, fazem uma atrocidade e depois vão fazer um churrasco.
Outro dia, um casal me procurou, me dizendo: "Nosso filho que era muito bom aluno, pôs fogo no colégio". Eu pensei "pôs fogo na secretaria, no toilete." O casal percebeu o que eu estava pensando, e disse-me: "Não doutor, pôs fogo no colégio todo, O colégio não existe mais, virou cinza".
A explicação, a compreensão, não está nas (velhas) várias categorias psiquiátricas, mas numa nova formula que devemos desenvolver, de habitar uma terra que é em tudo semelhante à anterior, mas que é completamente diferente na maneira que estabelecemos o laço social. (...)
(...) mas nós no Brasil não esperamos que tivéssemos esse tipo de violência, que eu chamo de inusitada, como diz a palavra "fora do lugar" que existe nos EUA, de um individuo entrar no cinema e metralhar a plateia, de um aluno entrar no colégio e metralhar os seus colegas de classe. Esta violência não existia aqui (no Brasil). agora existe. Nós temos filhas cursando a universidade e matando pai e mãe e no dia seguinte vão para um churrasco (...) As nossas classificações psiquiátricas anteriores (psicose, neurose, psicopatia...). não dão conta deste (novo) fenónemo (...) como aquela moça que matou pai e mãe, não adianta dizer que é uma histérica, uma perversa, uma psicopata. Nós estamos vivendo um novo fenónemo de uma violência, de uma agressividade fora do lugar, que a meu ver cabe um estudo sobre o desregramento do laço social na pós modernidade. E, é muito curioso que essas pessoas não têm noção do que estão fazendo, elas estão bem, fazem uma atrocidade e depois vão fazer um churrasco.
Outro dia, um casal me procurou, me dizendo: "Nosso filho que era muito bom aluno, pôs fogo no colégio". Eu pensei "pôs fogo na secretaria, no toilete." O casal percebeu o que eu estava pensando, e disse-me: "Não doutor, pôs fogo no colégio todo, O colégio não existe mais, virou cinza".
A explicação, a compreensão, não está nas (velhas) várias categorias psiquiátricas, mas numa nova formula que devemos desenvolver, de habitar uma terra que é em tudo semelhante à anterior, mas que é completamente diferente na maneira que estabelecemos o laço social. (...)
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