quarta-feira, 30 de abril de 2014

O Bem e o Mal

Jusepe de Ribera, Appollo e Marsia (detalhe)

O BEM
“O Bem. É aquilo que você traz no olhar, no abraço, no aperto de mão, no beijo na testa, no carinho nas costas. É aquilo que leva pra sempre tatuado na alma e faz questão de compartilhar, dar, retribuir com quem te faz bem e também com quem você, mesmo sem conhecer, quer o bem.”
Autor desconhecido

O MAL
“Segundo o teólogo Eugen Drewerman, o mal é todo o impulso destrutivo da comunidade, incluindo a tristeza, a angústia, o desespero. A existência do mal, é um confronto com o instinto de vida que está em nós, com o elo social, a capacidade de compreender o outro, de representar os seus estados mentais, de lhe testemunhar simpatia, amizade e porventura amor.”
Leon Grinberg Culpa e Depressão

domingo, 13 de abril de 2014

Entrevistas


 - A Sociedade Portuguesa de Psicoterapias Construtivistas (sppc) tem vindo a realizar entrevistas na área das psicoterapias, e que aqui pode visionar:
Óscar Gonçalves - Psicoterapia e Neurociências - Parte I, II
Isabel Narciso - Conjugalidades - Parte I, II, III
Carla Machado - Violências e Vitimização - parte I e II
Robert Niemeye - Empatia e compaixão (no menu Multimédia)
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 - Shrink Rap Radio All the psychology you need to know and just enough to make you dangerous

sábado, 12 de abril de 2014

Paradoxo do interesse

Dali Composição satírica

“É que se torna necessário libertarmo-nos da ideia de que as personalidades narcísicas não se interessam pelos outros; é a inversa que é verdadeira. Para compensarem as deficiências do seu funcionamento, elas têm pelo contrário fome de objeto: este é supletivo a uma lacuna pessoal que não pode ser reconhecido como tal, e que o outro, negado na sua alteridade, é encarregado de cumular.”
 Nicole Jeammet O ódio necessário Editora Estampa
Se esta não fosse uma dos mais importantes ideias sobre as personalidades narcísicas, passaria adiante, saltaria para outro tema, outra vontade em escrever. Mas é a pedra de toque daquelas personalidades: o interesse ávido pela atenção e aprovação da outra pessoa, mais do que ninguém, paradoxalmente sabendo pouco ou mesmo muito pouco, como ir além desse impulso para a unidade, por possuírem essa capacidade de amar travada, centrada em si.
Se é por demais conhecida esta característica, é esse correr atras que pode atingir a obsessão, como uma criança que procura ainda um interlocutor válido, que na relação é interpretado como uma necessidade de união, mas trata-se de fazer do outro uma muleta, pelo domínio, com vista a ser servido - benefício próprio -  e descartado quando não cumpre essa função.



sexta-feira, 4 de abril de 2014

O caráter inquietante do silêncio

Edward Hopper Room in New York 1932

O equilíbrio e bom funcionamento mental tal como as várias perturbações psíquicas da criança e do adulto dependem muito da forma como se aprendeu a falar e a calar. Da forma como se aprendeu a funcionar mentalmente.
O silêncio aparente das palavras pode ser rompido pelos sintomas, mas os próprios sintomas podem silenciar-se pela repressão medicamentosa ou educativa, ou pelas angústias que persistem ou se acentuam. Neste caso a própria inteligência poderá ser bloqueada no seu desenvolvimento. A representação dos sintomas e a repressão das fantasias podem matar a inteligência. A criança pode calar-se definitivamente ou aprender a falar como os papagaios amestrados – sem pensar próprios.
O silêncio pode ser vida.
O silêncio pode ser morte."
 João dos Santos O falar das letras 1983 

O título "O caráter inquietante do silêncio" é de uma afirmação de Freud