terça-feira, 30 de abril de 2013

Seabra Dinis: adoção de crianças


O artigo sobre a adoção de crianças, da autoria do psicanalista João Seabra Dinis, com o título: “A adoção como vivência afetiva” publicado na Revista Cidade Solidária CSML, nº2, 1º semestre, 1999, (AQUI) ou aqui .
 Uma breve passagem
"Mas quando os "noivos", pelas condições da sua história pessoal conseguiram uma maturidade e equilíbrio satisfatórios, e não precisam, por isso, de construir uma excessiva idealização para se defender da sua depressão infantil, estarão em melhores condições para fazer uma escolha matrimonial ajustada. A verificarem-se estas condições poderão, depois, ir enfrentando positivamente as tensões, as decepções e outros momentos difíceis, que numa ou noutra ocasião sempre se apresentam."

sábado, 27 de abril de 2013

Estar só e solidão


foto de Aimish boy
 
“Faço distinção entre estar só e solidão. A solidão é a indisponibilidade de pessoas com quem comunicar a qualquer nível. (…) Estar só, contudo, é a indisponibilidade de alguém com quem comunicar ao seu nível de consciência.”
M. Scott Peck O caminho menos percorrido Sinais de fogo
 
Depois deste e daquele outro dispensados, reparte-se com poucos, um certo nível de consciência do que se passa e a se ser compreendido. Suponho que acontece aos mais afortunados.
Outros há, que não parecem encontrar alguém com quem possam alcançar o fascínio pelo entendimento acerca da complexidade das coisas. Estão simplesmente sós, mas mantêm o diálogo com a realidade e são uma boa companhia de si próprios.
Revisitar as antigas e insatisfatórias relações, soaria a parar num tempo desconjuntado e teatral. Imediatamente afastados dessas memórias, somos mais nós. É o poder espiritual.

domingo, 21 de abril de 2013

John Horgan: "O terrorismo sempre foi sobre teatro"


Entrevista de joana Gorjão Henriques a John Horgan, que está no Jornal Público de hoje, com o título O terrorismo sempre foi sobre teatro: os terroristas querem muita gente a ver.
"John Horgan Especialista em psicologia do terrorismo estudou os casos de cerca de 200 terroristas para chegar à conclusão de que não há respostas iguais para todos. Há padrões comuns, objectivos idênticos, mas motivações diferentes.
Houve um antes e um depois do 11 de Setembro, e haverá também um antes e um depois dos atentados à maratona de Boston para os americanos. Do seu escritório na Universidade da Pennsylvania, e entre entrevistas para vários media americanos, John Horgan, especialista em psicologia do terrorismo, diz-nos ao telefone: "Este atentado acabou com o tipo de resiliência que se conseguiu construir nos EUA depois do 11 de Setembro."
O director do International Center for the Study of Terrorism, autor de dezenas de publicações sobre terrorismo, entre as quais The Psychology of Terrorism (2005), The Future of Terrorism (1999, com Max Taylor) ou Walking Away from Terrorism: Accounts of Disengagement from Radical and Extremist Movements (2009), confessa que tem aprendido mais nesta última semana sobre a psicologia da resposta ao terrorismo do que propriamente sobre a psicologia dos terroristas. Excerto de uma conversa no dia em que se soube que os autores dos atentados eram irmãos: Tamerlan, 26 anos, e Dzhokhar, 19 anos, de apelido Tsarnaev e de origem tchetchena.

Daquilo sabemos, conseguimos encontrar um padrão por detrás da acção destes dois terroristas?
Não. Não sabemos quais foram as suas motivações, se agiram pela parte de um governo ou de uma unidade local. Há imensa especulação sobre a ligação deles à Tchetchénia - que é muito surpreendente porque nunca houve terroristas da Tchetchénia a agir nos Estados Unidos. Isto é e continua a ser uma história estranha, no sentido em que as expectativas da maioria das pessoas estavam muito longe disto e continuam a ser questionadas.
As interpretações dadas ao longo da semana foram que os terroristas podiam ser da extrema-direita ou da Al-Qaeda e a verdade é que continuamos a não saber. É um dos casos em que devemos esperar pelos factos. Não há uma reivindicação oficial de responsabilidade, portanto não sabemos.

As idades deles, de 19 e 26 anos, dizem-nos alguma coisa?
Nada em particular. Não é de todo uma idade invulgar. Mas os perfis dos terroristas costumam ser pouco úteis, porque tendem a estar ligados a coisas muito gerais como: um terrorista tem entre 18 e 35 anos. Sabemos que não há um perfil de terrorista que nos ajude a perceber a variedade de personalidades e dos grupos.
Dito isto, conseguimos recolher informação ao olhar para determinados perfis e grupos. É predominantemente uma actividade masculina, embora haja cada vez mais mulheres a aderir. Há muita explicação sobre quando, porquê e como é que estes indivíduos se radicalizaram. E o contexto é muito importante: saber se foram radicalizados nos Estados Unidos, no estrangeiro, online, ou online em complemento com uma zona local, se foram influenciados por pessoas daqui ou de fora...

Qual a diferença entre radicalizar-se nos EUA, no estrangeiro ou online?
Há casos de pessoas que tentaram ir fazer o treino fora e se envolveram em actividades terroristas. Alguns vão com intenção de regressar e esses pertencem a dois tipos de categorias: os que foram treinados numa estrutura com um objectivo e os que tiveram treino rápido, que dura seis ou sete dias, e que quando regressam não são bem sucedidos. O treino importa em relação à eficácia das operações. A Al-Qaeda tem divulgado informação sobre como construir bombas, mas isso não explica por que é que estes homens se radicalizam.
Muito do que surgir nos próximos dias poderá esclarecer se estes indivíduos tiveram acesso a uma rede maior, e se pertencerem a uma rede maior; não se trata apenas de saber como se radicalizaram, mas de como sustêm a sua actividade.
Só podemos percebê-los melhor quando soubermos quem são: são actores solitários, são terroristas domésticos, pertencem a um grupo, qual é a agenda desse grupo? É quase impossível separar a psicologia dos indivíduos da psicologia do grupo. Posso dizer alguma coisa sobre a psicologia, mas se tiver factos. Neste momento não temos essa informação. A lição que tirei da última semana não é sobre a psicologia dos terroristas, mas sobre a psicologia da resposta ao terrorismo. Uma grande parte da eficácia do terrorismo é que os terroristas querem muita gente a ver - e a nossa resposta confusa deu-lhes isso, alimentou a psicologia do terrorista.

Os terroristas são exibicionistas, é isso?
O terrorismo para mim sempre foi sobre teatro. É preciso fazer uma distinção entre os alvos imediatos, ou seja, as pessoas que perderam as suas vidas em Boston, e a tentativa de aterrorizar não só Boston mas os Estados Unidos. Uma das razões por que o terrorismo atrai tipos de pessoas e grupos muito diferentes é porque eles sabem que podem matar uma pessoa e aterrorizam milhares. A cobertura mediática, a especulação, aumentou a ansiedade. Quando falamos de psicologia não é apenas sobre o que eles fazem, é muito sobre a nossa resposta ao que eles fazem. Estou muito preocupado com o potencial para incidentes copycat [de imitação]. Tem havido imensa especulação, informação falsa sobre a identidade destes indivíduos. Tem havido uma recusa em esperar pela revelação dos factos. Isto colectivamente reforça a ansiedade que os terroristas querem causar.

A psicologia do terrorista é parecida com a do psicopata?
Os psicopatas não tendem a pertencer a organizações porque são motivados por razões egoístas, incompatíveis com as exigências do estilo de vida do terrorista - que precisa de estar consciente das questões de segurança, de estar calado. Os psicopatas tendem a ser indivíduos de pouca confiança. Ao longo dos anos estudei quase 200 terroristas. Há alguns psicopatas entre os terroristas, mas são uma excepção. Os terroristas têm de trabalhar muito para reduzir a empatia que sentem - é mais fácil fazê-lo quando não se está perto do sítio onde a bomba explode, se não tem experiência directa dos danos que causou. Eles têm de estar continuamente a justificar a si próprios a razão por que fazem o que fazem. E eles justificam-no através de rituais, de ideologia, minimizando as consequências do que fizeram, deslegitimando o inimigo - ou seja, usam muitas maneiras para se sentirem melhor, mas têm de trabalhar nisso.

Os terroristas são mais dotados socialmente do que os psicopatas?
Não. Uma das consequências de entrar num grupo é que as ligações com amigos e família tendem a desaparecer e o grupo passa a ser o mais importante. O mais importante passa a ser a mensagem, o objectivo, proteger o novo mundo que alcançaram - entram num processo de imunização, tentam imunizar-se das consequências do que fazem. Se se estiver envolvido em acções terroristas, não se pode parar para pensar.

Qual é o motor de acção principal do terrorista?
Não há. Normalmente têm sentimentos muito fortes em relação a uma comunidade vitimizada. Há também alguma mágoa envolvida, e também razões altruístas e egoístas que têm a ver com fantasias - podem querer envolver-se no terrorismo para conseguir coisas que não conseguiriam de outra forma. Se alguém é um perdedor, por exemplo, pode sentir que conseguiu alguma coisa ao encontrar uma comunidade. Há também a excitação, a aventura, a camaradagem, as recompensas que surgem de estar num grupo terrorista. É uma combinação. Muitas pessoas quando entram não são necessariamente radicalizadas, algumas começam a envolver-se e só se tornam ideológicos quando se preparam para cometer um acto terrorista.

Há tipos de personalidade mais susceptíveis de se tornarem terroristas?
Em 40 anos de pesquisa tentámos encontrar a personalidade do terrorista, mas não encontrámos. Há alguma plausibilidade na sugestão de que, por exemplo, as pessoas que estão predispostas a assumir riscos podem ser mais vulneráveis à radicalização - mas isso não está provado pela investigação. A razão pela qual as pessoas mais novas tendem a envolver-se mais no terrorismo é porque a sua identidade social, política, religiosa ainda está a formar-se, portanto são mais vulneráveis à radicalização e estão mais dispostas a arriscar porque pensam ser invulneráveis.

Quais são as características do terrorista americano?
Fizemos um estudo grande em que olhámos para 119 terroristas do tipo "lobo solitário" nos EUA. Descobrimos que havia três grupos distintos: os actores solitários da extrema-direita, que tendiam a ser desempregados, com menos probabilidade de serem licenciados, e que tendiam a fazer declarações sobre as suas crenças aos amigos e família; os actores solitários da Al-Qaeda, que tendiam a ser mais novos, estudantes, muitas vezes aprendiam as coisas sobre terrorismo através da Internet, tinham menos probabilidade de ter antecedentes criminais e de executar os seus atentados com sucesso; e finalmente os actores solitários isolados, que tendiam a ser pessoas antiaborto ou ambientalistas, casados, com menos tendência para serem socialmente isolados mas com antecedentes criminais e um passado de doenças mentais.
Quando lemos nos media coisas sobre pessoas que conheciam os terroristas, quase sempre as pessoas dizem: "Conhecia esta pessoa, estou chocado com o que fez." Descobrimos o oposto: que quase todos estes terroristas partilharam as suas frustrações e a sua intenção de fazer alguma coisa com as suas mágoas. Isso foi uma descoberta muito chocante, porque estes actos podem ser prevenidos de formas que não imaginámos - se alguém está a contar aos amigos as suas intenções, isso precisa de ser denunciado."

sábado, 20 de abril de 2013

Compreender


Théodore Géricault

“Se soubermos o que uma coisa é, poderemos pelo menos começar a pensar nela e a planear uma orientação da ação de molde a tentarmos lidar com ela.”
Ricky Emmanuel Ansiedade Almedina
Situamos este texto se pensarmos nos momentos intranquilos que nos consumiam enquanto esperámos, por exemplo, por um diagnóstico médico que tardava.
Faltava-nos um nome sobre o qual pudéssemos nomear a experiencia, e com isso, delimitar a angústia. Com o diagnóstico, estamos agora mais capazes de definir um plano de ação.
O mesmo se passa no campo das emoções. É por se descobrir o que se está a sentir e o que isso significa, que os medos se tornam mais manejáveis. Para alguns de nós não parece ser o percurso para a felicidade, por acreditarmos que o que não sabemos não nos pode magoar. Pensar-se assim é uma armadilha. São pelos fragmentos do compreensível que nos vinculamos à vida.
Mas até que ponto compreendemos o que uma coisa é?  Talvez saibamos, mas não sabemos como dizê-lo. Tentamos contudo, explicar, e até num certo plano percebemos as coisas, mas só as compreendemos realmente, se as aceitamos e as integramos na personalidade e nas atitudes. A transformação de quem gosta de evoluir. 

terça-feira, 16 de abril de 2013

Boas maneiras

Gustave Klimt Death and Life

“Por outro lado, um individuo que ama genuinamente age com amor e de forma construtiva para com uma pessoa com quem conscientemente não gosta, sem na verdade sentir amor pela pessoa nessa altura e até achando a pessoa de alguma maneira repugnante.”
M. Scott Peck O caminho menos percorrido Sinais de Fogo



Como acredito ser verdade! É uma das minhas teorias – quem tem capacidade de amar, age com respeito e cordialidade mesmo que não goste da outra pessoa. Basta ver nela um represente da humanidade, da qual todos fazemos parte, e que tem o direito de ser encarado como independente de nós.
Esta isenção, é um estado dos seres que cresceram espiritualmente. Deve estar aqui o princípio da repugnância face às atitudes malcriadas e grosseiras, que algumas pessoas provocam.
Devíamos dizer para nós próprios: Nem sei nem quero saber o que muita gente à minha volta sente por mim, o que pensam de mim. Só quero saber como agem comigo.

terça-feira, 9 de abril de 2013

Paradoxo do dominado



 Denis Sarazhim


“O que é bizarro e paradoxal é que o dominador e dominado defendem a cultura da disciplina e obediência, bem como uma mão cheia de intelectualidade academicamente correta, de elites politicamente convergentes e até de religiosos santamente abnegados”.
António Coimbra de Matos Saúde Mental Climepsi

Sugere-me o caso recente de um cidadão que por se encontrar no desemprego e auferir de um humilde rendimento de um biscate, baseando-se na Constituição Portuguesa, entregou uma exposição à Procuradoria-Geral da Republica a fundamentar a sua recusa em cumprir o dever fiscal. Por não obedecer de imediato, libertou-se do paradoxo ao tentar transformar a realidade.
Nem sempre assim acontece. O mais triste será o dominado interiorizar a cultura da disciplina e obediência, de inicio, para agradar, e mais tarde, por medo.  Estou a pensar nas situações da violência doméstica, em que o dominado, movido por aqueles sentimentos, acaba por não se distinguir do dominador, no uso do clima de repressão que provoca nos filhos. Transforma-se para pior.

A transferência

Jeffray Milstein Cuba
 
“ Este processo de se agarrar ativamente a uma visão ultrapassada da realidade é a base de muitas doenças mentais. Os psiquiatras designam-na por transferência. Existem provavelmente tantas variantes subtis da definição de transferência como há psiquiatras. A minha definição pessoal é: transferência é o conjunto de formas de perceção e reação ao mundo, que é desenvolvido na infância e que normalmente é totalmente adequado ao ambiente da infância (na verdade, muitas vezes vital), mas que é inadequadamente transferido para o ambiente adulto.”
M.Sott Peck O caminho menos percorrido Sinais de fogo
O valor desta definição está na sua clareza. Trouxe-me à memória os desacordos à queima-roupa que revelavam a obscura presença de um passado que atravessava o presente, e se imponha.
Mas o problema é nosso. Não queremos desviarmo-nos do que julgamos ser a nossa natureza, que se funda na resistência a uma realidade que nos demonstra que as nossas clássicas abordagens – os nossos mapas mentais - já não têm os efeitos esperados.
Chegará o tempo em que seremos capazes de reconhecer que da educação recebida e das experiencias de vida, geramos pensamentos que acabam por criar sistemas de crenças, que profundamente inseridas em nós, afastam a possibilidade de se viver o momento.
Das dúvidas entre o desconforto da mudança e os desencontros habituais, se dedicados a encarar a realidade e a verdade, através da necessidade de nos expormos à crítica, haverá sempre um amanhã e torna-se á possível consertar também o passado.
O problema da transferência não é só um problema entre psicoterapeuta e seu cliente. É um problema entre pais e filhos, marido e mulher, e está presente nos grupos e nas relações políticas. Que mapa mental seguia Hitler? E os líderes americanos ao iniciar, executar e manter a Guerra do Golfo?(Sott Peck)                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                  

terça-feira, 2 de abril de 2013

A essência do pecado


Hendrik Goltzius The fall of man (detalhe)
“ A história conta que Deus tinha o hábito de passear no jardim à hora mais fresca do dia e que se abriam os canais de comunicação entre Ele e o homem. Mas se era assim, então por que razão Adão e Eva, separados ou em conjunto antes ou depois da tentação da serpente, não disseram a Deus “Temos curiosidade em saber porque não queres que comamos o fruto da árvore do conhecimento do Bem e do Mal. Gostaríamos de estar e não queremos parecer mal-agradecidos, mas a Tua lei quanto a este assunto não parece fazer muito sentido e gostávamos muito que nos explicasses”? Mas claro que não disseram isto. Em vez disso, transgrediram a lei de Deus sem nunca perceberem a razão por trás da lei, sem fazerem o esforço de questionar Deus diretamente, questionar a sua autoridade ou até comunicar com Ele a um nível  razoavelmente adulto. Escutaram a serpente, mas não ouviram a versão de Deus da história antes de agir.
Porque falharam? Porque não foi dado nenhum passo entre a tentação e a ação? É este passo em falta que é a essência do pecado. O passo em falta é o passo do debate. Adão e Eva podiam ter estabelecido um debate entre a serpente e Deus e, não o tendo feito, não obtiveram a versão de Deus quanto à questão. O debate entre a serpente e Deus simboliza o diálogo entre o Bem e o Mal que pode e deve ocorrer no interior da mente dos seres humanos. O fato de não promovermos – ou não promovermos completa e empenhadamente - este debate interno entre o Bem e o Mal é a causa das más ações que constituem o pecado. Ao debater a sensatez dum determinado curso de ação, é comum os seres humanos não tentarem obter a versão de Deus da questão. Não consultam nem escutam o Deus dentre deles, o conhecimento da retidão que reside inerentemente no interior das mentes de toda a humanidade.”
Scott Peck O caminho menos percorrido Sinais de Fogo