terça-feira, 29 de novembro de 2011

Conversas na rádio

As minhas preferidas da TSF:
Michel Onfray (filósofo), aqui.
José Gameiro (psiquiatra e terapeuta familiar), sobre as relações homem/mulher, aqui.
Com Carlos Vaz Marques em Pessoal ...e Transmissível.

segunda-feira, 28 de novembro de 2011



Um indivíduo que se julga Psicopata.
DrºRobert Hare especialista em psicopatas,  faz comentários no vídeo.
"O psicopata é como o gato, que não pensa no que o rato sente. Ele só pensa em comida. A vantagem do rato sobre as vítimas do psicopata é que ele sempre sabe quem é o gato". Robert Hare em entrevista publicada na revista Veja.

Vídeo retirado daqui.
Um artigo publicado num jornal da Association for Psychological Science que faz uma resenha do que pode ser a psicopatia, com o título Psychopathy a misunderstood personality disorder.
Contudo, acho interessante o recente estudo de Steven Morris  One in 25 business leaders may be a psychopath, aqui.

domingo, 27 de novembro de 2011

A estranha nudez da intimidade



Filme: Klute 1971 com Jane  Fonda.
O vídeo não é grande coisa, mas a narrativa é fabulosa.

A desforra do jovem russo


Igreja de S. Domingos, na baixa de Lisboa

Em História de Uma Neurose Infantil” (1918) Freud notará esta característica da “servidão” submissa que é exigida ao objeto por parte da omnipotência do sujeito, e notará igualmente a necessidade de “rebaixar” o objeto que satisfaz, como forma de desforra em relação à humilhação narcísica sofrida. No caso em análise, o jovem russo procuraria as relações sexuais sempre com mulheres de baixa condição, como forma de aviltar a irmã, ou seja, aviltar a mulher perante a qual se sentira humilhado, narcisicamente.”
Cristina Fabião Narcisismo Defesas Primitivas e Separação Climepsi

Estou a pensar naqueles casais mais contemporâneos, em que num momento de crise, um deles por orgulho ferido, se envolve com outra pessoa de condição pessoal, social, económica ou profissional, inferior, com a intenção de humilhar a pessoa com quem até aí mantinha uma relação. 
Não nos esquecendo que a vida faz-se com base na tensão mantida entre o eu, a imagem que tenho do outro, e o outro real, o efeito pretendido poderá não ser rebaixar o amor-próprio da outra pessoa - com a mensagem "vales ainda menos" - visto esta estar consciente do seu próprio valor.
O que poderá ser destruído, é a imagem positiva que esta tinha do individuo que lhe pretende causar humilhação. Não atender a esta possibilidade, deve-se ao sentimento de omnipotência do sujeito - a crença exagerada no seu próprio valor ou importância.
E, porque o amor precisa sempre de uma pitada de admiração, chegado a este estado, o ponto de encontro é incerto.

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

I'll never break up with you

foto a partir de um cinemagraphs de Jamie Beck, com o título I'll never break up with you

De nada me valeu pousar o olhar na linha do corpo e fazê-lo deslizar pela explanação das formas. Era a esperança que o sentimento original se reanimasse e preenchesse todo o espaço. Mas o meu olhar oscilava entre idas e voltas e perdas de sentido. As linhas do corpo já não resguardavam a perdição.
Orgulho-me dele, contudo. De certo modo continua a sua existência dentro de mim por representar as coisas singulares que posso reconhecer como boas.
Sim, há pessoas de quem nunca nos separamos.

o artista tem a habilidade e coragem

“…o artista tem a habilidade e coragem de estar em contacto com os processos primitivos aos quais o neurótico não tolera chegar, e que as pessoas sadias podem deixar passar para seu próprio empobrecimento.”
D. Winnicott (pediatra e psicanalista inglês – Nasceu a 7 de Abril de 1896; Faleceu a 28 de Janeiro de 1971)

terça-feira, 22 de novembro de 2011



Filme: Ivan childhood
Realizador: Tarkovsky
O filme retrata a violência sobre as crianças em tempos de guerra.
Nesta imagem, Klolin abraça e beija Masha ajudando-a deste modo a atravessar uma trincheira.
Poderá simbolizar o ditado: "Quem ama protege".

O artista e o pseudo-artista

“Há diferença nítida quanto ao tipo de êxito que precisam o pseudo- artista e o artista verdadeiro. O pseudo-artista precisa ser aceite como pessoa, exige aplauso a todo o custo; adapta-se à plateia a fim de garantir o aplauso. O artista precisa fazer que se aceite uma fantasia específica sua; quer aplauso para a sua obra, e não para para si mesmo.”
Otto Finichel Teoria Psicanalítica das Neuroses

Otto Finichel  - Nasceu a 2 de Dezembro 1897 e faleceu a 22 de Junho de 1946

sábado, 19 de novembro de 2011

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Devaneios



Filme: The Others
Realizador: Alexandro Amenábar
Ano: 2001

O filme decorre durante a II Guerra Mundial. Grace interpretada por Nicole Kidman vai viver para uma enorme mansão soturna, com dois filhos pequenos. Passado algum tempo, tanto elas quanto as crianças convencem-se que a casa está assombrada.
Este pequeno vídeo, retrata uma tentativa de Grace para enfrentar e resolver esta situação, ao procurar os fantasmas ou almas de outro mundo num dos muitos quartos fechados da mansão. Não consegue encontra-los.
Os seus medos têm outras manifestações. A mais exuberante é andar com um molho de chaves de modo a que os quartos estejam sempre fechados e as cortinas corridas, para evitar que filhos não possam ver a luz do sol, por acreditar que são fotossensíveis.
Mas a realidade é que tanto ela como as suas crianças, e a criadagem, são os verdadeiros fantasmas. Já morreram há muito. As crianças foram até assassinadas por Grace, num ato de desespero.

Este filme bem pode ser como uma metáfora àquelas situações em que expulsamos para o interior de outra pessoa o mau que recusamos a nós próprios, a fim de prejudicarmos essa pessoa, e ao mesmo tempo, para a controlarmos como parte de nós. E sentimo-nos aliviados por isso. Não somos já nós que sofremos, é o outro.
O filme poderá também representar como os nossos medos podem provocar a nossa rejeição, o que nos  garante que afinal, a vida é tal qual como a tínhamos previsto.
Mas também podemos atribuir a outra pessoa o nosso lado bom, imaginando que ela nos quer só bem, ou que nos ama, o que mais tarde desiludidos, nos apercebemos quão enganados estávamos.
O que acontece é que quando projetamos sobre o outro, maciçamente, as construções da nossa mente, deixamos de o ver, ele deixa de existir e no lugar dele ficam as nossas projeções (Amaral Dias*), ou sejam, os nossos devaneios, digo eu.

Palavra-chave: Identificação projetiva
*C. Amaral Dias Costurando as linhas da psicopatologia Borderland (estados-limite) Climepsi

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Gabriela Moita


Henri Matisse Le bonheur de vivre

Realizou-se ontem no Porto uma sessão com o título "Sexualidade: tudo o que querias saber mas não ousavas perguntar", organizada pela Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, em que estiveram presentes 300 jovens, dos 13 aos 18 anos.
Três especialistas em psiquiatria e sexologia - Margarida Braga, Gabriela Moita e Manuel Esteves -, moderados pelo psiquiatra Rui Mota Cardoso esclareceram as duvidas dos jovens.
São perguntas colocadas por “miúdos”, mas têm o seu interesse.
De acordo com o artigo de Alexandra Campos publicado no Jornal Publico de hoje, aqui estão as perguntas e respostas da Psicóloga Gabriela Moita (http://gabrielamoita.no.sapo.pt/).

As mulheres gostam mais da penetração de homens de raça branca ou negra?
Gabriela Moita: Esta pergunta contém muitas perguntas. Vou dividi-las: As mulheres gostam mais de penetração? Desde logo, [a penetração], para muitas mulheres, não é o que dá mais prazer. O centro do prazer da mulher não é propriamente a vagina. Mas o que esta pergunta esconde é o medo de que o pénis não tenha o tamanho suficiente. A cor não é importante. E o tamanho também não tem importância. A zona mais sensível [da mulher] tem seis centímetros e o terço externo da vagina tem dois. Alguém pensa que um pénis tem menos de dois centímetros? [Risos]. O prazer está mais associado a todo o encontro erótico.

Como localizar e como estimular o ponto G?
Gabriela Moita: Dentro da sexologia não há acordo [sobre o ponto G]. Alguns estudos apontam para a possibilidade de um ponto que possa dar mais prazer, mas isto não é consensual. O grande drama é quando, em vez de procurar o prazer, se começa a procurar o ponto G ["ponham binóculos", sugere um rapaz na assistência].

A masturbação é saudável?
Gabriela Moita: Se a resposta fosse sim, isso significaria que teríamos que pôr todas as pessoas a masturbar-se. A resposta é: não faz mal à saúde. Não faz mal e tem a vantagem de servir como fantasia para preparação do primeiro encontro sexual.

Como é que gosto desta pessoa que me faz tanto mal?
Gabriela Moita: A ideia de que o amor é a coisa mais bonita e tudo cura é das mais erradas. É grave dizer: "É uma pessoa tão excecional que se consegue manter naquela relação." Há pressões sociais e ideias feitas que nos impedem de tomar decisões. Felizmente, vivemos numa época em que não há nada que deva ser para toda a vida.

E se o preservativo romper?
Gabriela Moita: Podem dirigir-se a um centro de apoio a adolescentes ou a centros de saúde onde provavelmente vão receitar a pílula do dia seguinte. Em último caso, vão buscar à farmácia [sem receita].

O que é o sexo tântrico?
Gabriela Moita: Não sei explicar. Tem a ver com timings, capacidade de sentir, diminuição da ansiedade e possibilidade de elevar o prazer ao máximo com o esforço mínimo. É um jogo de encontro com o outro que leva horas.

É verdade que há uma doença da mulher dos 200 orgasmos?
Gabriela Moita: No século XIX, a mulher doente era aquela que tinha um orgasmo. Um especialista nessa altura até escreveu: "Existem algumas mulheres que podem ter prazer sexual e não são ninfomaníacas". São as épocas que vão definindo o que está certo ou não. Digamos que ter 200 orgasmos será para alguém que tem sorte e tempo...

domingo, 13 de novembro de 2011

2 anos!

Photobucket
Cinemagraphs Gifs de Jamie Beck

O blog faz hoje 2 anos.
Esta lembrança poderia servir como um separador para novos temas, novos estados de alma. Só a vida ditará.
O momento é de alegre vontade de continuar.
Obrigada aos autores dos comentários, que me confirmam que os meus pensamentos não são assim tão estranhos, porque há um outro semelhante a mim, apesar de diferente, a quem eles fazem sentido.

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

A técnica da cisão


indignados na Puerta del Sol (Madrid - Espanha)

“A era dos psicopatas e burocratas
Ambos cimentam e incentivam a fragmentação da nossa perspetiva e das nossas perceções porque a sua coesão pessoal precisa do estado de cisão. São eles os inimigos de qualquer integração que tenha por objetivo uma visão de conjunto dos assuntos pessoais, económicos e sociais. Por intermédio da técnica, o seu poder e, com isso, o perigo que eles representam para a Humanidade cresceu de forma incomensurável. Juntos combatem a coesão do nosso mundo. O psicopata, com a sua personalidade deslocada para o exterior, aspira ao controlo momentâneo sobre o outro. O burocrata defende o status quo para defender a sua coesão e existência."
Arno Gruen Falsos Deuses Editora Paz.

Lembrei-me deste pequeno texto, a propósito das reivindicações dos “indignados” e de todos os movimentos que lutam por medidas políticas económicas e sociais que tenham em conta uma visão integral da condição humana.
A não defesa dessa visão de conjunto, é considerado por Arno Gruen, uma técnica, ou seja, um mecanismo para fazer valer interesses pessoais ou de grupo.
Esta insensibilidade social ao sofrimento causado aos outros, faz deles os psicopatas da era moderna, que com a ajuda dos burocratas que cobardemente obedecem ao poder, provocam danos na vida das pessoas e nas instituições.
A utilização desta técnica não nos devia surpreender. É usada no nosso quotidiano, nos contextos de trabalho ou familiares, em que alguém para defender a sua posição, de modo relutante não manifesta uma visão global da situação e das suas possíveis implicações na vida do outro ou dos outros.
São estados  geradores de ansiedade, porque a nossa natureza é feita para que o nosso comportamento, sentimentos e necessidades, estejam em harmonia e não em desordem.

Arno Gruen é psicanalista.

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Um Método Perigoso



Filme: A Dangerous Method
Realizador: David Cronenberg 

David Cronenberg  esteve ontem em Portugal para participar no Lisbon Estoril Festival Film, onde estreou o seu filme mais recente “Um Método Perigoso” que aborda a história da relação entre Sigmund Freud, Carl Jung e a paciente amante de Jung, Sabina Spielrein. Este filme ilustra o nascimento da Psicanálise.
Em entrevista com Alexandra Prado Coelho, publicada hoje no Jornal Publico, transcrevo as afirmações de David Cronenberg:

“ Chamo-lhe uma ménage à trois intelectual – sem dúvida que havia também amor entre Freud e Jung. De certa forma estas três pessoas inventaram o sec.XX. as relações que tinham, a forma como falavam uns com os outros, não tem precedentes”.

As três personagens “viviam na Europa Central, no que era então o império austro-húngaro, num ambiente muito controlado, onde toda a gente sabia o seu lugar, não se falava de sexo, ou do corpo e as pessoas pensavam que estavam a evoluir para uma maravilhosa civilização europeia que seria superior a tudo o que tinha existido antes”.

“ (Freud) veio dizer que, por baixo da superfície, e é uma superfície muito fina, há paixões e emoções incríveis, hostilidades tribais, onde o potencial para a barbárie e a violência é enorme. E que temos que ter consciência disso para não sermos controlados por essas emoções.”

“A I Guerra Mundial provou que Freud estava 100% certo.”

“ (O filme) é muito rigoroso." Tudo nele se baseia em cartas e documentos onde Freud e Jung detalhavam “ O que comiam, o que sonhavam, as suas vidas sexuais, quantos cigarros Freud fumava.”

“ A perspectiva feminina, num tempo em que não era suposto que as mulheres tivessem uma educação ou uma vida sexual”.

“Freud e Jung são dois homens muito sérios, e nas suas cartas estão a falar de coisas como ejaculação, esperma, excrementos, vaginas, abuso sexual de crianças, uma coisa que ninguém imaginava que pudesse acontecer, mas eles viam nos seus doentes que acontecia.”

“Jung acreditava que somos capazes de nos transcender a nós próprios. Algumas pessoas pensam que a teoria da evolução, descrita por Darwin, significa que partimos de uma coisa que não é boa e evoluímos sempre para melhor. Evolução significa mudança, sim, mas não necessariamente para melhor.”



quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Love fraud - incapacidade de amar



Clóvis Graciano O clarinetista

"…um outro laço assume as funções de laço amoroso, há uma substituição por outro tipo de laço – é o que designamos por vicariância."

Descrevemos três tipos fundamentais de vicariância:
Vicariância erótica: o laço erótico supre a não organização ou falência do laço amoroso. É típica de algumas personalidades histéricas e personalidades – limite; erotização das relações por incapacidade de amar e /ou ser desejado, já que não é amado. É própria também da personalidade histérica. "Ninguém me ama mas todos me desejam"
Vicariância narcísica: o desejo de amar é substituído pelo desejo de ser admirado. É típica das personalidades narcísicas; ser admirado uma vez que não consegue ser amado; e, complementarmente, brilhar/exibir-se porque não sabe dar e amar."Ninguém me ama, mas todos me admiram" - o grito de triunfo narcísico.
Vicariância agressiva: “ Não sou amado mas sou temido”. É própria dos psicopatas; ter poder ou dominar porque não se é desejado nem amado. Ser poderoso para iludir a ferida de ser, de facto, um Zé Ninguém. É  patognomónica do defeito narcísico-identitário, como do núcleo psicótico-psicopático ou perverso. Abunda nos ditadores de toda a espécie, feitios e graus. É o "poder da portinhola" - por onde sai a boca do canhão escondido.
Coimbra de Matos Relação de Qualidade: penso em ti Climepsi

A capacidade de amar ou fazer amigos está fora do alcance destas personagens, que como compensação recorrem à sedução, domínio, ou outros artifícios, para manter o outro. Podem no entanto, questionar-se porque magoam as pessoas que julgam amar. Só que, na realidade não amam.
Poder-se-á agora compreender porque não se foi amada/o por essa pessoa - porque ela/ele não é capaz de amar ninguém.
Se o orgasmo não está numa relação de prazer mútuo, onde é que ele está? Na sedução, só por si? Na manipulação ou pela humilhação do outro?

É um amor transvestido de amor, inchado de nada, descoberta tardia no desengano e na anarquia dos sentidos, em revolução, pela necessidade de ser-se amada por um outro que o saiba. Porta para a vida, como bênção.


Os serial lovers nas palavras de Jacques-Alain Miller, psicanalista:

“Alguns sabem provocar o amor no outro, os serial lovers – se posso dizer – homens e mulheres. Eles sabem quais botões apertar para se fazer amar. Porém, não necessariamente amam, mais brincam de gato e rato com suas presas. Para amar, é necessário confessar sua falta e reconhecer que se tem necessidade do outro, que ele lhe falta. Os que crêem ser completos sozinhos, ou querem ser, não sabem amar. E, às vezes, o constatam dolorosamente. Manipulam, mexem os pauzinhos, mas do amor não conhecem nem o risco, nem as delícias”.

O oposto da inveja

Zeng Fanzhi Mammoth's Tusks 2010
A inveja é o oposto da gratidão (Mélanie Klein).
A inveja é o oposto da compaixão, empatia, ressonância emocional e resposta afetiva adequada e oportuna. (Coimbra de Matos)*

Na inveja maligna, o desejo de destruir a coisa invejada ou o outro, resulta da incapacidade de guardar dentro de si, como seu, o que o outro tem de bom e esforçar-se por ser melhor cada dia. 
Não aproveitam de maneira construtiva o que o outro diz ou faz, pelo que, não se consegue criar cumplicidade.
Este vazio, torna possível toda a destrutividade.

*Coimbra de Matos Relação de Qualidade: penso em ti Climepsi

Némesis por Daniel Sampaio


Alfred Rethel Némesis

"Némesis era uma deusa grega, filha de Zeus, que vivia no Olimpo e era responsável pela retribuição da justiça divina. Nasceu ao mesmo tempo que Témis, a personificação da Ética, enquanto Némesis tinha a missão de combater todo o excesso e de controlar o destino humano. Venerada em Rhamnonte, uma pequena cidade da Ática onde estava o seu templo, passou também a personificar a vingança. Foi assim que castigou o Rei Creso e consta ter punido Narciso: depois de ouvir as queixas das mulheres por este abandonadas, Némesis provocou uma onda de calor que secou a água onde Narciso se contemplava, levando ao seu enfraquecimento progressivo."
Némesis, Pública de 23/10/11
Daniel Sampaio é psiquiatra e terapeuta familiar