Wim Wenders, As Asas do desejo, 1987
“O paradoxo curioso é que quando eu me aceito como sou,
então eu posso mudar.”
Carl Rogers
Recomenda-se
vivamente que se reconheça esta verdade profunda. Devemos
dizê-la repetidamente para desembaraçarmo-nos de crenças antigas. Desconfiamos que assim seja, queremos
mudar, mas não queremos passar pelo desconforto da mudança.
Gostamos de pensar que talvez possamos suspender quem realmente somos, por nos acharmos perdidos, de difícil entendimento ou por autoaversão, e que poderiam ficar guardadas para nós, ou esquecidas, as imperfeições que nos parecem inúteis e censuráveis.
Gostamos de pensar que talvez possamos suspender quem realmente somos, por nos acharmos perdidos, de difícil entendimento ou por autoaversão, e que poderiam ficar guardadas para nós, ou esquecidas, as imperfeições que nos parecem inúteis e censuráveis.
Supomos
que o ponto de chegada seja tal como foi imaginado, ficarmos instruídos e
educados, e chegados ao mundo dos homens, podermos então, abordar as coisas e
as pessoas, e sermos aceites. Minha estratégia é em vão.
Só mudamos quando nos
predispomos a ser nós mesmos, sem máscaras, quando aceitamos a nossa realidade presente e passada, que não fomos suficientemente amados, apreciados ou compreendidos, quando aceitamos as nossas fraquezas e erros. A partir daqui, inicia-se o processo sobre o que fazer com essa realidade, e consequente, a procura da "boa forma para o nosso desejo de vida e de prazer" (R. Mendes Leal), que irá irradiar tudo.
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