terça-feira, 26 de novembro de 2013

Jean- Pierre Lebrun - A satisfação impossível


Jean- Pierre Lebrun -  Psiquiatra e Psicanalista

Para ler as legendas (também em Português), é necessário, após o inicio do vídeo, ativá-las do lado direito)

Jean-Pierre Lebrun, diretor da Associação Freudiana da Bélgica, explica que a insatisfação é básica na condição humana. O homem busca prazer no objeto e o objeto jamais oferece plena satisfação. A sociedade contemporânea funciona no mecanismo da promessa do objeto impossível - "siga buscando, pois, um dia, você encontrará o objeto satisfatório".

Lebrun alerta para as patologias aditivas, a dependência dos objetos impossíveis, geradas pelo mesmo mecanismo que motiva a sociedade do consumo.

Mais ainda, Lebrun questiona que liberdade é esta que a sociedade contemporânea tanto prega "ter", sendo uma liberdade que apenas consome ideais. Para Lebrun, nunca fomos tão dependentes, nunca estivemos tão distantes da autonomia - de aceitarmos os limites que o caminho de construção apresenta e que devem ser aprendidos enquanto parte do processo da construção da liberdade. Afinal, de acordo com o psicanalista, a verdadeira liberdade não é a do ser algo, mas a do poder tornar-se.

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

A banalidade do mal



 filme Hannah Arendt, de Margarethe von Trotta
 A banalidade do mal

Legenda: "O maior mal do mundo, é o mal cometido por um Zé-ninguém" 

A banalidade do mal ou risco social e a perversão das organizações:

“(...) Esta historieta serve para mostrar o poder dos medíocres. Por artes perversas - as artimanhas de sedução (estilo histérico) e/ou  de domínio (estilo obsessivo), à mistura com a vitimização depressiva – masochista e a querelancia sádico-paranoide (consoante predomina o traço depressivo ou o traço paranoide), vão conquistando terreno e posição hierárquica e minando a credibilidade e bem-estar  dos que são honestos e solidários. Como dizia o mestre Aquilino, não vencem pela inteligência (que não possuem) mas pela manha (que usam e que abusam). Passa-se na Republica da Estupidez – onde os cretinos sobem ao poder.
Os inteligentes e bons, mas incautos, ingénuos, os civilizados, vão sendo submersos pela barbárie inculta, mentecapta e perversa. Este é e sempre foi o risco social e a perversão das organizações.”

António Coimbra de Matos “O Clube dos Burros” in Saúde Mental Climepsi


Tema: Banalidade do mal - O "Interconexão Brasil", com apresentação de Domingos Giroletti, contou com a participação de Theresa Calvet de Magalhães, filósofa e professora aposentada da UFMG.

quarta-feira, 20 de novembro de 2013


lay e Marina sentados frente a frente, após 33 anos

A história de amor aconteceu nos anos 70, quando a artista Marina Abramovic e Ulay viveram durante 5 anos uma intensa história de amor. Com o passar dos 5 anos, eles sentiram que a relação já não está mais empolgante e assim cada um seguiu por rumos diferentes.
Encontraram-se 30 anos depois, nesta situação: Durante uma exposição das suas obras, Marina deveria partilhar um minuto de silêncio com cada estranho que se sentasse à sua frente

Se quer saber mais. http://www.netcina.com.br/

O difícil exercício de se colocar, em silêncio,  em frente a um desconhecido. E, se o amor se deve manifestar no recolhimento da intimidade, este vídeo comove-me. Todo o amor é grato e eterno.

domingo, 17 de novembro de 2013

ENTREVISTA a Zachary Mainen




Entrevista de Nelson Marques a Zachary Mainen, com o título “As pessoas confundem recompensas com felicidade” publicada na Revista do semanário Expresso do passado dia 9 de nov, integrada numa sondagem sobre a felicidade que aquele semanário realizou, tendo concluído, que os portugueses  estão felizes e otimistas apesar da crise.
Zachary Mainen estudou Psicologia e Filosofia na Universidade de Yale, nos Estados Unidos, mas acabou por se decidir pela neurociência. Em Portugal há 6 anos, o americano dirige o Programa de Neurociências da Fundação Champalimaud, em Lisboa.
A entrevista situa-se a partir da pag 19 do documento:

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

As nossas mentiras


Carolyn Gregoire publicou um artigo online* que me parece muito interessante por apresentar uma síntese de 10 estudos científicos que poderão mudar as ideias que temos de nós próprios.
Com o título  We constantly try to justify our experiences so that they make sense to us, refere-se à dissonância cognitiva, que é uma teoria que diz que os seres humanos têm uma propensão natural para evitar o conflito psicológico provocado por situações que envolvem ideias, crenças ou opiniões incoerentes.
Quando a realidade desafia-nos, apanha-nos por dentro, não se ajusta às nossas expetativas, gera-se ambivalência, por pensarmos de uma maneira mas agirmos de outra. Deixamos de viver num plano integrado, a condição fundamental da existência. Ao procurarmos a explicação para as nossas contradições - ao mentirmos a nós próprios - , tudo se move para suster a vida, antes que a desordem entre sentimentos que não correspondem uns aos outros, possa invadir a personalidade. O seu efeito tranquilizador, faz a nossa história pessoal ficar mais legível e aceitável.
Este esforço de sentido, afasta-nos dos primeiros estádios da personalidade. Do fragmentado. É um resgate para o caminho da vida, um direito de poder ser incoerente de vez em quando, mas pode ser um declínio se essa defesa insiste em trair a honestidade que devemos ter para connosco, que se faz sentir, em particular, nas relações difíceis, quando não conseguimos colocar travão à necessidade de encontrarmos justificações ilógicas para o comportamento do outro. 
*10 Psychological Studies That Will Change What You Think You Know About Yourself (AQUI)


Gif retirado de :http://www.freakoutincolor.com/2013_07_01_archive.html

Sobre Distorções cognitivas, o artigo "20 Cognitive Distortions and How They Affect Your Life": 
http://www.goodtherapy.org/blog/20-cognitive-distortions-and-how-they-affect-your-life-0407154

terça-feira, 5 de novembro de 2013

Tem de ser amigo de si próprio

Jim Dine

“Tem de ser amigo de si próprio em primeiro lugar, porque isso é uma condição prévia para qualquer teoria materialista e hedonista do amor: não se zangar consigo próprio, não manter relações mortíferas com a sua própria intimidade, não deixar que no mais fundo de si próprio se desenvolvam as pulsões negativas do ódio ou do desprezo contra o próprio corpo, não permitir que a violência se volte contra si. Não lacerar ou desfigurar a alma, não ficar vencido pela martirização mórbida e pela aversão pelo seu ser, não deixar avançar a culpa, essa máquina de guerra judaico-cristã, a sensação de pecado, a força da culpabilidade, os espinhos da carne. Não há futuro para quem acredita que tem dentro de si um animal pecaminoso e para quem acalenta esse criminoso sem remissão, incapaz de estabelecer os contratos hedonistas de que fala Diógenes de Enande. Porque esse danado deixa sempre atrás de si os traços viscosos e resistentes da pulsão de morte, com os quais polui os que, por infelicidade, se aproximam dele.”
Michel Onfray* Teoria do corpo amoroso Temas e debates
* Filósofo
...e que é bom ter prazer...fazer o que se quer...quando se quer...e praticar o bem


sábado, 2 de novembro de 2013

Alice Herz Sommer



Com
Alice Herz Sommer - At age 108, Holocaust survivor
O textoThe Neuroscience of Why Gratitude Makes Us Healthier" de Ocean Robbins, em http://www.dailygood.org