sábado, 13 de junho de 2015

Da confiança

Alex Colville, Snow

“A um nível superior, as decisões dos indivíduos parecem ser guiadas por uma tendência geral em confiar nos outros, em detrimento de uma simples aproximação à maximização da utilidade esperada. No fundo, tal significa que estamos dispostos a aceitar algum grau de vulnerabilidade caso tenhamos uma expetativa positiva acerca do comportamento dos outros.”
Luís Fructuoso Martinez Uma questão de confiança Psicologia para todos
  
É preciso que se reafirme a ideia, a personalidade saudável tem como características a capacidade de confiar nos outros e saber em quem é conveniente confiar (John Bowlby), e, acrescento eu, na disfuncionalidade da relação, travar a tempo, antes da perda de confiança em si mesmo.  
É uma das nossas riquezas, a necessidade de acreditarmos no outro e de não estarmos sempre à defesa. 
Resta-nos esta dependência, que nos deixa à mercê de um encontro que irá trazer desilusões e introduzir contradições no eu, mas ao não ser perfeito, que se possa encontrar o semelhante, se encontrar no seu olhar, e que ele tenha um sentido de afeto.

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