Leonardo da Vinci Estudos para a cabeça de dois soldados
“A
melhor e mais eficaz defesa contra a depressão é a paranoia: a defesa à fase
anterior da relação de objeto.”…”(Matos 1981)
Esta
agressividade dirigida para fora é a melhor e mais eficaz defesa contra a
recusa a entristecer e se colocar em questão, que poderia levar à autodestruição.
Vive-se, como se não se conseguisse identificar o ressentimento e a raiva, insuportáveis,
mas que criam um estado de tensão que atravessa tudo, a exigir descarga de
emergência, projetada nos outros, como se eles fossem a causa do seu sofrimento.
Não
se tenta perceber porquê, podem pensar o que quiserem, os outros são o inimigo,
os exploradores, aqueles de quem se deve suspeitar e com quem se tem de reagir,
intensa e persistentemente. A angústia acalma assim que é encontrado o outro/objecto que atemoriza.
A maior esperança é que “…(os outros) se corresponsabilizem pelos seus impulsos e não se limitem a criticá-los por causa deles” (Domingos Neto).
A maior esperança é que “…(os outros) se corresponsabilizem pelos seus impulsos e não se limitem a criticá-los por causa deles” (Domingos Neto).
O
único conhecimento que se tem de si próprio é o que advém desse controle e sobre
o qual se ergue o culto do eu.
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