Dancing Dwatf, Plolemaic Period
Um jornalista português
referiu-se aos Jogos Paralímpicos como um espetáculo “grotesco” e “um número de
circo”.
Sem pretender fazer
pseudoanálises do autor de comentários tão infelizes e exibicionistas, supondo
que a intenção é a desvalorização dos atletas paralímpicos como seres
imperfeitos ou incompletos, aquelas afirmações podem ser contudo uteis, para
ilustrar uma característica da organização narcisista omnipotente que “é contra
a perceção da necessidade ou do sofrimento e reclama a eliminação dos fracos” a
começar pelo próprio. (DeMasi citado por Cristina Fabião*)
“A começar pelo próprio”
significa que o eu grandioso é sobretudo intolerante às suas próprias emoções e
fragilidades, considerando-as uma fraqueza, como se estas fossem por em causa a
sua tentativa desesperada de ser perfeito. O que explica a incapacidade de
compreender o valor e o sentido benéfico da pessoa se superar e de alargar deste modo, o
espaço das suas limitações.
É como se rejeitasse através
do outro, a sua natural imperfeição humana e com ela a autoaceitação e o crescimento
interior.
*Narciismo, defesas primitivas e separação
*Narciismo, defesas primitivas e separação
4 comentários:
Psudoanálise ou não, foi interessante ler a sua perspectiva sobre o comentário feito.
Gosto de saber que ainda passa por aqui. Parece parado, o blogue, mas na verdade ando na mesma empenhada nas temáticas que o preenchem,
Fique bem
Eu gosto de ir passando aqui nos intervalos das consultas!!
Seja bem.vinda
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