René Magritte Os amantes
Alguém num comentário
neste blogue, no post “O narcisista e seus parceiros#1” escreveu que
considerava que no casal em que um dos parceiros é narcisista (autoconcentrado, com mania das grandezas e de ser admirado), e o outro sofre
de transtorno de personalidade dependente (ou adicto no amor), podem ser
felizes juntos.
Na minha opinião,
dificilmente o serão.
Posso imaginar onde reside a confusão. Pelo facto do individuo
narcísico ter necessidade constante de admiração e aprovação e a pessoa que sofre de transtorno de personalidade dependente,
abdicar da sua identidade e submeter-se, vivendo para satisfazer o amante,
podemos pensar que este arranjo cria equilíbrio e felicidade no casal.
Porém, a pessoa que
sofre de transtorno de personalidade dependente, depende do amante, tem necessidades que
são tão insaciáveis - narcísica como ela também é - que se tornam opressivas, não restando disposição para se concentrar no outro.
Vivem então, o
clássico laço duplo do narcisista, cada um precisa do outro, mas não tem nada
para lhe dar.
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