quarta-feira, 4 de maio de 2011

Acho que vou fazer papel de tola...





Acho que vou fazer papel de tola... Mas, porque não? A vida é curta. (Pensa a personagem interpretada por Michelle Pfeiffer no filme Cheri).

O que parece ser um pensamento vagamente filosófico “a vida é curta”, contém após hesitações, força e determinação. E ditas as razões sob este modo abreviado, revela-se a nossa inteligência prática. Moderna. Julgamos. Estamos de acordo com o evoluir dos tempos. Deveríamos sossegar agora, pela clareza de espírito que evidenciamos, e aproveitar a vida. Um novo amor.

Sim. Devemos voltar a confiar.
Mas não é com base num raciocínio lógico, que se iluminou o nosso espírito.
Podemos nem nos aperceber, mas é irresistível desvendar se o novo amor consente o devaneio, a brincadeira, a espontaneidade. O desejo é que possa dar corpo ao nosso mundo simbólico. Ritualiza-se toda a nossa infância, quando nos queriam sem fazermos esforço. É o privilégio dos amores felizes, sermos parvas, por vezes, e acharem-nos graça.
Marca a cadência do amor. Morre, quando morre o amor. É um sinal. Já não há vontade de brincar e custa perdoar, por isso.

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