Legendas em português, espanhol, francês e inglês - a ser ativadas no vídeo do lado direito, após o seu início.
terça-feira, 31 de dezembro de 2013
segunda-feira, 30 de dezembro de 2013
O nível a que me encontro
Cesare Viazzi Mountain Spirit
“As pessoas
da sua vida são um bom indicador do espaço onde está a operar a nível
emocional. Os semelhantes atraem-se. À medida que vai mudando, dirige-se automaticamente
e é automaticamente dirigido para um tipo de pessoa diferente.”
Susan Jeffers
Apesar do Medo Sinais de fogo
Esta é a época em que inevitavelmente
recebemos muitas mensagens cujo conteúdo é nos orientar para que vivamos melhor
2014. Até que ponto nos queremos libertar e até que ponto nos queremos
proteger?
É tempo de
novas decisões?
Fiquei a pensar que apesar de ouvirmos
ou lermos conselhos inspiradores, pô-los em prática poderia depender de uma
maior consciência acerca do que necessita ser mantido ou corrigido. Para chegarmos
a esse conhecimento, as pessoas que escolhemos livremente para fazer parte da
nossa vida, são um bom indicador da realidade que criamos para nós, daquilo que
somos, pelo menos nesse momento. Será uma maneira de nos vermos, saindo de nós. São como um espelho.
O nosso narcisismo, a pretensão de julgarmos que o que pensamos sobre elas, pode não ter a ver connosco - não nos afeta - , poderá ser um entrave a esta análise.
Este quadro de interpretação foi próprio da minha juventude quando, a propósito de companhias não aprovadas por meus pais, ouvia “Diz-me com quem andas e te direi quem és.” Reagia mal, porque na vontade de me fazer gente, jamais poderia tolerar que a pessoa que eu era, ou queria ser, fosse definida pelo tipo de amigos que tinha. A verdade é que ao estarmos juntos, os nossos desejos encontravam –se. De alguma forma eramos semelhantes.
O nosso narcisismo, a pretensão de julgarmos que o que pensamos sobre elas, pode não ter a ver connosco - não nos afeta - , poderá ser um entrave a esta análise.
Este quadro de interpretação foi próprio da minha juventude quando, a propósito de companhias não aprovadas por meus pais, ouvia “Diz-me com quem andas e te direi quem és.” Reagia mal, porque na vontade de me fazer gente, jamais poderia tolerar que a pessoa que eu era, ou queria ser, fosse definida pelo tipo de amigos que tinha. A verdade é que ao estarmos juntos, os nossos desejos encontravam –se. De alguma forma eramos semelhantes.
Também com as pessoas que ainda hoje passam e com as que ficam,
com aquelas que, por julgar não ter tomado qualquer decisão, nada faço para
estreitar os laços, não posso ignorar que preenchem necessidades que são minhas
e me dizem quem eu sou, ou se desejar,
em que fase do meu progresso me encontro.
Ideias para viver
melhor 2014:
sábado, 21 de dezembro de 2013
Susan Jeffers - Apesar do Medo
“Um professor extraordinário
que tive ajudou-me imensamente ao ensinar-me a frase “Pela primeira vez, devias
ter vergonha. Segunda vez, eu devia ter vergonha. “
Aplicando a esta situação,
se debater alguma coisa com pessoas insensíveis às suas necessidades, elas
deviam ter vergonha. Se você continuar a permitir-se ser bombardeado pelas
palavras delas, você devia ter vergonha.
Não tem de continuar a manter
conversas acerca da sua decisão com aqueles que o fazem sentir-se mal consigo
mesmo. Deve sim falar com pessoas que o apoiam com afirmações “Acho ótimo
estares a pensar em …” ou “Acho que te sairias muito bem a…” Já percebeu a
ideia. Porquê colocar-se numa posição em que se sinta mal quando é tão fácil
sentir-se ótimo?”
Susan Jeffers Apesar do medo
Sinais de fogo
Um bom livro de auto-ajuda
quinta-feira, 12 de dezembro de 2013
"...um certo gosto pelo esquecimento.”
Abraham Blemaert Apollo e Diana (detalhe)
“Nem
nas formas mais graves de relação depressiva, não se assiste a esta clivagem
completa. Em face da total qualidade do objeto, o individuo embora não observe
a boa imagem, sabe e não esquece que ela existe; e por isso retoma a relação
libidinal com ele, o que mais raramente, como vimos, acontece com o borderline –
a tendência é para mudar de objeto.”
António Coimbra de Matos O
desespero Climepsi
O texto é a explicação sobre o
individuo deprimido, desvalorizado e desvalorizante, que em situações
de desacordo, embora lhe pareça que o outro esteja a ter um comportamento indesejável, ainda
conserva a capacidade de o aceitar, porque guardou dentro de si a sua memória e
do quanto deu de bom à relação.
Os indivíduos com perturbação borderline de
personalidade, em situações semelhantes, ou pelo simples prazer de agredir, não possuem essa memória e reserva amorosa - a capacidade de evocar imagens positivas e reconfortantes dos outros diante de situações ansiogênas (Jordão A., Ramirez V., 2010) O que o outro diz consideram verdadeiro, ou seja, acreditam no que ouvem e como nada é simbolizado e relativizado em
função de todo o conhecimento supostamente adquirido sobre ele, geram-se mal entendidos, desencontros, sendo porta aberta para a espiral de violência. Este
tipo de relação interpessoal é ilustrado habitualmente pela imagem de ” andar
sobre casca de ovos”, a inevitabilidade do atrito. É como se um traço que é humano – o outro em
nós - pudesse ser apagado completamente.
Não confundir com ingratidão.
Não confundir com ingratidão.
* O título do post é retirado do diálogo do filme O Estranho Caso de Dr. Jekyll e Mr.
Hyde, no momento em que a empregada pergunta a Dr. Jekyll qual a sua
doença, ele responde-lhe “ Uma fatura na alma que me deixou um certo gosto
pelo esquecimento.”
sexta-feira, 6 de dezembro de 2013
Saudade e Nostalgia
“Saudade não é o mesmo que
nostalgia. Na nostalgia vivem-se emoções de perda, tristeza, falta de ânimo,
depressão. Vive-se no passado ligado ao que “já era” e lamentando o “já foi” e
não pode voltar. Mas também temos a saudade, considerada como aquilo que a
nossa cultura nos indica e oferece para alquimizar a nostalgia e transformar o
passado, e o que já vai em recordações vivas, com um potencial dinamizador e de
alegria: a alegria de um passado bem vivido que nos acrescentou riqueza ao
património da cultura das nossas vivências pessoais (“esta já ninguém me
tira” diz-se quando se acabou de viver algo bom).”
Isabel Abecassis Empis* Bem-aventurados os que ousam Oficina do livro
* Psicanalista
quinta-feira, 5 de dezembro de 2013
terça-feira, 3 de dezembro de 2013
Miguel Nicolelis - A tênue linha da individualidade
Para ler as legendas em inglês, é necessário, após o inicio do vídeo, ativá-las do lado direito.
Miguel Nicolelis, neurocientista brasileiro, explica a maleabilidade do self com base em experiências europeias. Em poucos minutos, trocando os sentidos e vendo o mundo por meio dos olhos de outra pessoa (câmera), o cérebro humano é capaz de reconhecer outro corpo como sendo "eu". Com isso, conclui: até nossa possessão mais íntima, nossa individualidade corporal, o sentido de existir, é dinâmico.
Conferencista do Fronteiras do Pensamento 2010 e 2011.
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