foto de Richard Huschman
“Queres que fique zangado
contigo, porque se me zangar contigo, isso significa que eu acho que poderias
ser diferente do que és. Se estiver zangado contigo, isso significa que
poderemos arranjar aquilo que está estragado”
Stephen Grosz A vida em
exame. Como nos perdemos e como nos encontramos. Temas e debates
Escolhi este pequeno texto
porque me parece que ele contém uma explicação para certas pessoas preferirem, ou preferirem em determinados momentos de vida, ver o outro zangado do que indiferente.
Parece que se
infringe as leis da natureza, mas paradoxalmente a agressividade também serve para
manter os vínculos.
Questiono-me contudo, porque os gestos travados, o fio
cortado pelo silêncio, nunca isento de hostilidade, pode ser tão intolerável.
Tornar-se humilde, avançar ou não avançar, tornar-se desprezível, comportar-se de modo desajustado, pensar-se no que resta fazer, são tudo formas de provocar a zanga. Por aqui seria possível encontrar uma zona, o limite das águas que permitiria o sentimento iminente da redenção.
Tornar-se humilde, avançar ou não avançar, tornar-se desprezível, comportar-se de modo desajustado, pensar-se no que resta fazer, são tudo formas de provocar a zanga. Por aqui seria possível encontrar uma zona, o limite das águas que permitiria o sentimento iminente da redenção.
3 comentários:
A retirada pode ser tão agressiva como a luta... A luta pelo menos implica um confronto, a retirada não, retira a possibilidade de um entendimento. Prefiro a luta, sem dúvida.
Às vezes a retirada é a ultima fronteira, sem regresso. Em outras situações, acreditar que o outro ou a relação com ele tem conserto, restitui a esperança
Cristina, concordo consigo!
As lutas desgastam as relações...
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