segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Nós sempre teremos Paris!




Rick Blaine (Humphrey Bogart) a IIlsa Laszlo (Ingrid Bergman): Nós sempre teremos Paris! 
Filme Casablanca

“Quando o individuo está seguro de si e o investimento do objecto é genital, o objecto por muito que se ame é substituível.”
Coimbra de Matos Mais Amor Menos Doença Climepsi Editores

No filme Casablanca, Ilsa Lund Laszlo foge para a América com o marido e deixa o seu amante Rick Blaine para trás. Recusa-se contudo,  a partir. Não sabe como sobreviverá sem ele.
Tal como no filme, ou numa situação de luto ou separação, bem conseguidas, o respeito pela realidade prevalecerá sobre o laço afectivo.
Mas espera-a um processo lento em que a presença errante de recordações serve para enganar o desespero, e conservar o vínculo. É preciso acreditar que, onde quer ele esteja, com quem quer que esteja, ele pensa nela mesmo que seja num momento difuso e fugaz.
Pedaço por pedaço, parte por parte, a imagem dele solta-se, enfim, e ela encontra-se livre, inteira e desembaraçada para amar outra pessoa.
O outro por muito que se ame, é substituível.

Sem comentários: