Frida Kahlo Dona Rosita Morillo (detalhe)
Como percepcionamos o tempo? Porque em certos encontros o tempo desliza vivo e veloz, enquanto em outros, os momentos parecem-nos longos e penosos, travados pelo outro, à beira do nosso desejo?
António Damásio director do Departamento de Neurologia da Faculdade de Medicina da University of Iowa, assina um artigo publicado na revista Scientific American, nº 40, Brasil, com o título “Lembrando de quando tudo aconteceu”, cuja temática é a construção do tempo mental.
No artigo pode-se ler como definição de tempo mental: "...diz respeito à maneira como experimentamos a passagem do tempo e como organizamos nossa cronologia."
No artigo pode-se ler como definição de tempo mental: "...diz respeito à maneira como experimentamos a passagem do tempo e como organizamos nossa cronologia."
Várias estruturas cerebrais entre elas o hipocampo, o cérebro anterior basal e o lobo temporal, contribuem para a percepção do “tempo mental”, mas parece que este é “...determinado pela atenção que dispensamos aos eventos e às emoções que sentimos quando eles ocorrem”, desconhecendo-se por enquanto outros mecanismos que o influenciam.
Assim,” …a experiência de duração do tempo …se baseia em factores tão diversos quanto o conteúdo dos eventos que estejam percebidos, as reacções emocionais que esses eventos despertam, a maneira como as imagens são apresentadas a nós, assim como as inferências conscientes e inconscientes que as acompanham”.
É também curiosa outra explicação de António Damásio: “O conteúdo emocional do material pode também fazer com que o transcurso do tempo se desacelere. Quando estamos incomodados ou preocupados, frequentemente sentimos o tempo passar mais devagar, porque nos concentramos nas imagens negativas associadas à nossa ansiedade”.
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