sábado, 4 de fevereiro de 2012

Paradoxo - Quem muito se protege, perde-se

Peter Blake, Illustrations to through the looking-glass

“Não pertencemos a nós próprias. Não somos pessoas, somos coisas. Ocupamos o primeiro lugar no seu amor-próprio, o ultimo na sua estima. “
Alexandre Dumas A Dama das Camélias

Instrumentalizados…pouco importa o que queremos ou o que sentimos. Utilizados em função das necessidades pessoais de quem assim procede. Manipulados, seduzidos ou explorados de um modo parasitário.
Se julgamos que se podem construir carreiras e vidas de êxito onde não há hesitações, só atropelos, para quem assim se constrói, na falta de sensibilidade empática, o outro é uma abstração, não encontrado em si mesmo.
Não se confia que é no interior das trocas emocionais que se pode inventar, descobrir-se e descobrir um outro, que mesmo nas suas imperfeições, tem qualidades que o podem enriquecer de um modo absolutamente original.
Este egocentrismo gera o vazio, fruto de todas as violências, a começar por ser destruidora de si próprio – quem muito se protege, perde-se.



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