segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Dia Internacional dos Direitos Humanos


Juan Cossio Red Circle

No Dia Internacional dos Direitos Humanos pensei nas mulheres:
“O ferimento mais profundo que é infligido a uma mãe na nossa sociedade não é só a sua opressão, mas a sua adaptação ao mito masculino da respetiva superioridade e a aceitação da própria insignificância. Nos casos em que o movimento feminino contemporâneo interpreta a igualdade de direitos como o direito de serem tão ruins como os piores dos homens, ele perpetua o domínio masculino sob novas formas. Pior ainda: estas mulheres, como negam a força dos aspetos criativos do seu amor, continuaram a educar mulheres e homens que, por seu lado, recusarão a sua própria força real e se decidirão por empregar o seu poder sem escrúpulos. É isto que Édipo representa: a ferida inicial que se transforma numa ânsia de dominar."
Arno Gruen A traição do eu Assírio e Alvim (1984)

4 comentários:

Anny disse...

Encontrei por acaso o seu blogue quando pesquisava sobre o livro "A Traição do Eu", de Arno Gruen, precisamente de onde tirou o trecho citado neste post. Desde então tenho vindo a explorar o seu blogue aos poucos, tem muita informação e acho que está escrito com muita sensibilidade. "A Traição do Eu", mas mais ainda "A Loucura da Normalidade", do mesmo autor, são também para mim livros fundamentais, até porque esclarecem situações que vivi na primeira pessoa.
Quanto ao seu blogue, vou continuar a acompanhar com reguraridade.

Cumprimentos

rosaleonor disse...

GRATA POR ISTO...

rl

cristina simões disse...

Rosa Leonor, não deixei de pensar o quanto a citação reflete o seu pensamento, e também o meu, embora não seja o tema "cerne" do meu blogue. Já li o seu comentário no seu blogue e não podia estar mais de acordo.
Fique bem

cristina simões disse...

Anny
Obrigada pelas suas palavras. Leio um pouco, na verdade já li uma data de autores (todos os que cito) e mais outros, mas o Arno Gruen e muito especial para mim, porque faz a ligação entre a ciência (da psicanálise) e uma filosofia de vida. A sensibilidade que diz que encontrou possivelmente tem por base o exercício de olhar para dentro de si e custa um bocadinho às vezes falar delas.