quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

O desamor de Albert Einstein



Abuso de poder ou perversão?

“Um exemplo de abuso de poder direto é-nos dado por Einstein* que, fatigado pela presença da sua primeira mulher Milena Maric, mãe dos seus dois filhos, e não desejando tomar a iniciativa de uma rutura, estabelece por escrito condições draconianas e humilhantes para o prosseguimento de uma vida em comum (Le Monde, 18 de Novembro de 1996):

A. Você velará por que:
  1. A minha roupa de uso e os meus lenções sejam mantidos em ordem;
  2. Me sejam servidas três refeições diárias no meu escritório;
  3. O meu quarto e no meu escritório estejam sempre bem mantidos e que na minha mesa de trabalho mais ninguém mexa além de mim;
B. Você renunciará a toda a relação pessoal comigo, exceto no que for necessário para manter a aparência social.  Em particular você não reclamará:
  1. Que eu me sente consigo em casa;
  2. Que eu saia em viajem em sua companhia;
C. Você prometerá explicitamente observar os pontos seguintes:
  1. Não esperará de mim qualquer afeição; e não me censurará por isso;
  2. Responder-me-á imediatamente sempre que eu lhe dirija a palavra;
  3. Saíra do meu quarto ou do meu escritório imediatamente sem protestar sempre que eu lhe peça;
  4. Prometerá que não me denegrirá aos olhos dos meus filhos, nem por palavras, nem por atos.
Aqui, o abuso de poder é claro, ele é mesmo escrito. Num perverso, a denominação é dissimulada e até negada. A submissão do outro não basta, há que apropriar-se da sua substancia."

Marie-France Hirigoyen Assédio, Coação e Violência no Quotidiano Pergaminho

 * Físico, o autor da Teoria da relatividade

 

2 comentários:

rosaleonor disse...

Há muito tempo que não comento porque as letras nunca me deixar ...não consigo acertar em todas...
Só para dizer que a acompanho...
e deixar um bom dia...

rleonor

cristina simões disse...

Também a acompanho e sempre que escrevo algo que sei que está dentro da suas temáticas, penso em si.
Um bom dia também para si.