sábado, 2 de fevereiro de 2013

Mal-me-quer

Paul Freeman (fotografia)

“O perverso de caráter apresenta como o perverso autêntico uma recusa muito focalizada e muito parcial da realidade, no entanto a sua recusa específica incide não sobre o direito da mulher em ter um sexo autêntico que é mesmo dela, mas sobre o direito dos outros em possuir um narcisismo próprio na medida em que é sentido como um obstáculo à utilização dos outros exclusivamente ao serviço do seu próprio narcisismo”
Jean Bergeret Psicologia Patológica Climepsi
Andreas Goosses que é o porta-voz do “Fórum de homens”, e que trabalha o campo do mundo psicológico masculino há cerca de duas décadas, esteve em Portugal e disse em entrevista para o Jornal Publico: Os homens são sempre vistos como mais fortes mas também são, por vezes, vítimas de violência de outros homens. Não é tão falado, mas existe.” 
Acerca da estratégia demolidora do perverso, compreendemos melhor a suas técnicas, se pensarmos que o verdadeiro alvo a  que apontam é aquilo que mais seguramente atingirá a identidade da vítima, seja ela mulher ou homem, e fazem-no com um prazer disfarçado.
Nesse jogo perverso, joga-se com as expetativas da vítima, cujo escape poderá estar em libertar-se delas, (das suas expetativas), guardar para si as partes que mais aprecia em si própria, deixar de se justificar, e resistir à sedução do perverso.

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