Dali, Girl standing at the
window 1925
“Uma margem de ilusão resta sempre para toda a vida em
todos nós – e é o que nos permite o poder criativo e tempera os momentos de
tristeza. Sem ela seríamos autómatos, robôs, máquinas pensantes, ficaríamos
reduzidos a um pensamento operacional. Mas é igualmente necessário que o
processo de desilusão nos conduza a uma razoável aceitação da realidade tal
como ela é; de contrário, a frustração será sempre excessiva, traumática,
patogénica – direi incontrolável e insuportável.
A aceitação da realidade é uma tarefa humana jamais
acabada; mas que está na mira do comportamento lógico, adaptado, e do
conhecimento científico."
António Coimbra de Matos O desespero Climepsi
Nostálgicos de um mundo sem tensões internas, sem
conflitos com o outro, entregamo-nos à ilusão que a realidade, apesar de nos consumir,
termina aqui, sem razão para a modificarmos.
Julgamos não saber como enfrentar
o real, lidar com o incerto. Mas seria preciso nos entregarmos à desilusão, ao
não distorcer os fatos, aceitando-os, e ajustando o conceito que temos de
nós, a essa realidade, que a mesma se tornaria suportável, porque transformada
para melhor.
Ligar os sonhos à realidade
retirado de: http://ccare.stanford.edu/ ( Center for Compassion and Altruism Research and Education)
retirado de: http://ccare.stanford.edu/ ( Center for Compassion and Altruism Research and Education)
3 comentários:
Muito boa a reflexão. Eu costumo pensar que devemos ter o pé no chão sempre e sempre. Sonhar sim, com o possível, em alguns momentos até com o impossível, mas nunca perdendo os pés do chão, sempre sabendo quem somos e como nos localizamos na vida.
Excesso de idealização e fantasias, geram sempre frustrações.
Obrigada pela visita!
Beijocas
Sempre inspiradores os seus posts, concordo 100% com o comentário da Dama de Cinzas
Concordo consigo. Não é por se viver que vamos lidando com a realidade. Às vezes é um faz de conta, quando não tentamos concretizar sonhos e resolver assuntos.
Obrigada também pela sua visita
Fique bem
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