domingo, 24 de janeiro de 2010

A queda

 Manto queimado de uma imagem de Arte Sacra - Foto cristina simões

"Debruçávamo-nos sobre este abismo, essa paixão que nos atraía um para o outro, tínhamos tanto medo, sabíamos tão bem que seria impossível escapar-lhe uma vez iniciada a queda, que, juntos, recuávamos um passo, e continuávamos, no entanto, a caminhar-lhe à beira, com o desejo de depressa nos precipitarmos naquela obscuridade sem limites, para nela nos perdermos, longe de todos e sobretudo de nós mesmos, daquilo que éramos até ao momento que nos fizera nascer diferentes, o do nosso encontro.”Max Gallo, O Olhar das Mulheres, Bertrand Editores.

Lindo. Mas é um engano. Quem já se apaixonou perdidamente, sabe que a queda, com o outro ou sem ele, já se verificou, “desde a origem do amor” - Roland Barthes, em Fragmentos de um Discurso Amoroso





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