“…já que não podemos viver sem atribuir sentido, sem perceber o sentido das coisas que vivemos…(precisamos de sentido como de uma respiração).”
Dor sem nome, Pensar o sofrimento de Manuela Fleming,
Edições Afrontamento
A busca de sentido é inimiga do turbilhão de emoções de raiva, de ódio ou de desorientação.
Nestes momentos, costumamos oscilar entre o “não percebo” a pensamentos que encerram absolutas certezas e que são acentuadamente ilógicos.
É o recurso a uma visão subtil, perspicaz, e à procura da compreensão sobre nós próprios e habitualmente sobre o comportamento do outro, que permite o acesso ao sentido das coisas que vivemos. É tentar ver para além da superfície e de nós mesmos, dos nossos interesses e necessidades. Por isso, é tão importante que, quem nos causou dano tenha a coragem de se explicar e nós a coragem de ouvir – a verdade cura.
Apesar da complexidade do outro, devemos estar conscientes de dados "simples": o que o move; para que (e não porque) teve tal atitude; que técnicas de sobrevivência usa (controlo, manipulação, sedução...).
Começamos então, a ver padrões de comportamento, nos outros.
Até aquele momento, inesperado, em que se percebe o sentido de uma interrupção no curso da vida - "Uma pessoa, para tornar-se interessante, deveria ter sempre algo de improvável." Oscar Wilde
Foto: cristina simões
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