quinta-feira, 4 de março de 2010

A escolha amorosa

Cupido e Psyche, Antonio Canova

“Acima de tudo escolhemos aquilo que nos é familiar. Escolhemos alguém que personifica as melhores e as piores qualidades dos nossos amores originais. As pessoas costumam descrever a sua atracção inicial pelos amados como uma sensação de estranha familiaridade que não conseguem situar.”
O lado escuro do amor, Jane Goldberg, Pergaminho

Porque teremos sido suficientemente amados e estimados, amar-nos-emos suficientemente a nós próprios e, nessa medida, seremos capazes de amar e estimar as pessoas à sua volta”
O ódio necessário, Nicole Jeammet, Editorial Estampa

“Amar-nos-emos e estimar-nos-emos tal como fomos amados e estimados pelas pessoas privilegiadas da nossa infância”
O ódio necessário, Nicole Jeammet, Editorial Estampa


O amor pode ser complicado se:
“Quanto piores tenham sido as experiências precoces, mais facilmente se escolherá um parceiro que venha a ser cúmplice de uma repetição do traumatismo da insatisfação.”
O ódio necessário, Nicole Jeammet, Editorial Estampa

Explicação para a escolha de um parceiro cúmplice:
"Freud achou que a força do nosso vínculo com o passado e a nossa necessidade de o recriar no presente costuma ser mais forte do que a necessidade de criar um amor gratificante e, portanto, apontou a compulsão à repetição como estando para “além do princípio do prazer."
O lado escuro do amor, Jane Goldberg , Pergaminho



Escolher um parceiro que se torna cúmplice -  costuma ser parecido/a  com os nossos pais - por não termos sido suficientemente amados por eles, poderá ser, também, o modo que escolhemos para consertar a vivência de orfandade, sentida. Como se disséssemos a nós próprios “desta vez, vou merecer ser amado”.


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