Jack Vettriano, The Set up
“A maldade e a destrutividade passam a ser vistas no rival; ele é condenado, e contra ele pode ser dirigido o ódio sem implicar o sentimento de culpa”.
Melaine Klein e Joan Riviere, Amor Ódio e Reparação, Imago Editora
O que leva a que a ciumenta destine toda a sua raiva numa rival (real ou fantasiada), e poupe a pessoa que ama? O mesmo para o ciumento.
A torturante amargura do ciúme faz-nos odiar quem amamos. Sentimo-nos preocupadas e culpadas que a nossa agressividade possa destruir o outro e a relação.
“Transferir” a maldade e destrutividade para uma rival, é uma maneira de atenuar esta tortura, e pouparmos do nosso ódio, a pessoa que amamos.
Ao condenarmos uma amante, podemos assim descarregar todos esses sentimentos nela. Sem culpas, por isso.
Este mecanismo projecção, permite ao odiar a outra, não lidar também com a dúvida sobre nós próprias, que talvez não sejamos dignas de sermos amadas.
Ao condenarmos uma amante, podemos assim descarregar todos esses sentimentos nela. Sem culpas, por isso.
Este mecanismo projecção, permite ao odiar a outra, não lidar também com a dúvida sobre nós próprias, que talvez não sejamos dignas de sermos amadas.
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