Autor: João Egídio
Decidi neste Natal lembrar todas as pessoas, os bem –aventurados, que sabem dar aos outros o amor que eles próprios necessitam, apesar das privações que receberam ou sentem neste momento.
Transformamos em bons, os danos que nos causaram ou que causamos (mesmo em fantasia), é a prova que no coração de alguns de nós, o amor vence. Para ilustrar, a imagem que anuncia uma árvore humana.
Transformamos em bons, os danos que nos causaram ou que causamos (mesmo em fantasia), é a prova que no coração de alguns de nós, o amor vence. Para ilustrar, a imagem que anuncia uma árvore humana.
Um texto de Melaine Klein:
"Se a voracidade frustrada, o
ressentimento e o ódio que existem dentro de nós não perturbam o nosso
relacionamento com o mundo externo, existem inúmeras maneiras de absorver a
beleza, a bondade e o amor que nos vêm de fora. Assim agindo estamos aumentando
continuamente o acervo de nossas lembranças felizes e erigindo gradualmente uma
reserva de valores que nos conferem uma segurança difícil de ser abalada, e uma
satisfação que impede o amargor de sentimentos. Acima de tudo, todas essas
satisfações apresentam, além do prazer que fornecem, o efeito de reduzir as
frustrações (ou antes, o sentimento de frustração) passadas e presentes, até as
mais primitivas e fundamentais. Quanto mais verdadeira satisfação
experimentarmos, e menos ressentirmos as privações, menos nos deixaremos
governar pela voracidade e pelo ódio que existem em nós. Então estaremos
realmente aptos a dar amor aos outros, e por sua vez a receber mais em troca.
Em outras palavras, a capacidade essencial de “dar e receber” desenvolveu-se em
nós de uma forma que assegura o nosso próprio desenvolvimento, e contribui para
o prazer, o bem-estar ou a felicidade de outras pessoas."
In, Amor, Ódio e Reparação Imago Editores
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