O amor do pai contribui - e muitas vezes mais – para o desenvolvimento da criança do que o amor de mãe. Esta é uma das conclusões de uma investigação realizada pela equipa de Ronald Rohner da Universidade de Connecticut e publicada recentemente em Personality and Social Psychology Review, que envolveu a análise da literatura científica nesta área.
Considero este estudo importante, porque nos ajuda a compreender que embora podendo ser compassivo o amor da mãe, pode não ser suficiente para compensar o desamor do pai, e que por isso, é esperado deste, a dedicação e a satisfação na relação com os seus filhos.
A importância do amor paterno parece estar relacionada com a tendência que crianças e jovens adultos têm, de prestar mais atenção ao elemento que atribuem mais prestígio – muitas vezes o pai, o qual consideram mais influente na sua vida. Esta investigação também demostra que a necessidade de amor é universal, ou seja, não está dependente da raça ou mesmo da cultura.
Os estudos analisados também assinalam que, na sequência da rejeição, as crianças tendem a ser mais ansiosas e inseguras, assim como hostis e agressivas para os outros. A dor da rejeição, especialmente se ocorre na infância, tende a fazer-se sentir na vida adulta, ao revelar-se nas dificuldades em criar intimidade e confiança nas outras pessoas.
“Contrariamente à dor física, as pessoas na vida adulta, podem reviver a dor emocional da rejeição, vezes sem conta, durante anos,” diz Rohner.
Aceder ao estudo integral aqui e o resumo na Science Daily
Referencia: A. Khaleque, R. P. Rohner. Transnational Relations Between Perceived Parental Acceptance and Personality Dispositions of Children and Adults: A Meta-Analytic Review. Personality and Social Psychology Review, 2011; 16 (2)
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