Begas Pan reconfortando Psyche
“A criança parece ter descoberto
dentro de si uma capacidade de preocupação, bem como a convicção de poder
emendar as coisas. A criança aprendeu a amar e acredita no amor. “ (Citação a
propósito da análise da Opera L enfant et les Sortiléges)
Nicola Abel - Hirsch Eros Almedina
Foi com uma certa
incomodidade que atribuí o título a este post, por parecer desprovido de uma
visão da complexidade das relações humanas. Esta espécie de pudor está
ultrapassada.
A consciência das interações
humanas não desaparece na aparente simplicidade: a capacidade de preocupação e a
capacidade de reparação são as bases do amor, da amizade…
É a identificação
para fins empáticos sem a qual não se cria esse tipo de vínculos. E atrevo-me a
dizer, na sua ausência, há um simulacro de ligação que contém em si uma
fria sociabilidade mas que não confere crescimento.
Pode-se ser inábil na
atitude de preocupação pelo outro. Pode-se ser desajeitado nas estratégias de
emendar as coisas. Mas acreditar no esforço e na intenção dos gestos, afinal de
contas, é a diferença entre continuar ou não continuar a investir na relação.
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