domingo, 30 de junho de 2013

O outro lado da espiritualidade

Dali Ascension

Muitos pacientes que já passaram por este começo dizem-me: ”Não sou muito religioso. Não vou à igreja. Já não acredito em muita coisa que a igreja e os meus pais me disseram. Não tenho a fé dos meus pais. Acho que não sou muito espiritual.” É muitas vezes um choque para eles quando questiono a realidade do pressuposto de que não são seres espirituais. “Você tem uma religião,” poderei dizer-lhes, “ bastante profunda. Venera a verdade. Acredita que pode evoluir e melhorar: a possibilidade de progresso espiritual. Com a força da sua religião, está disposto a sofrer as dores do desafio e as agonias de desaprender. Assume o risco da terapia, e fá-lo pela sua religião. Não me parece nada realista dizer que é menos espiritual do que os seus pais; pelo contrário, suspeito que a realidade é que evoluiu espiritualmente mais do que os seus pais, que a sua espiritualidade é consideravelmente mais avançada do que a deles, que é insuficiente para que tenham coragem sequer para questionar.
M. Scott Peck O caminho menos percorrido Sinais de fogo
Habitualmente considera-se que este caminho nos afasta da dimensão espiritual. Uma educação com base na submissão, pode ter contribuído para aceitarmos esta crença, sem a questionarmos.
Se nos levar na direção da humildade, chegaremos ao lugar onde habita toda a religiosidade.

1 comentário:

Anónimo disse...


Mais uma vez obrigada pelo post :), concordo em cada palavra!!