Confesso, sempre foi cínica perante quem faz meditação, yoga ... e manifesta evidentes dificuldades de relação humana. Como se essas práticas se revelassem um exercício de puro narcisismo - eu e o meu corpo, própria do narcisismo primário.
Entendía a capacidade de relação humana como uma medida para avaliar a serenidade - estado a que associava aquelas práticas. Até que li o filósofo Paulo Borges, Presidente da União Budista Portuguesa. Que alegria, eu estava certa - desenvolver meditação é uma filosofia, que envolve transformação e respeito pela vida de todos os seres.
Em "Da saudade, Como Via de Libertação" Quidnovi Editora, que embora não seja um livro sobre meditação assume-se " como ponto de partida de uma via de libertação de transformação efectiva de si e do mundo, a percorrer mediante um exercício ético-meditativo e uma linha de acção concreta ".
Pode ler-se:
"Não consideres fatal e natural o sofrimento, nem o teu nem o de ninguém. Revolta-te serenamente contra a indiferença, preguiça e distracção em que tens andado. Decide-te a fazer alguma coisa, a instaurar desde este preciso instante uma profunda diferença na tua vida e, assim, no universo! "
"Poderemos só então, como foi dito, residir plenamente, ou seja sábia, amorosa e compassivamente, no mundo e em cada um dos mundos possíveis ... uma benção e num benefício para todos os seres, não só para os que mais se connosco Imediatamente relacionam ".
Tem orientações sobre como fazer meditação.
Visite a página pessoal do filósofo Paulo Borges: http://www.pauloborges.net/
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