Filme: A Leste do Paraíso; com James Dean (Cal) e Raymond Massey (Pai)
Realização: Elia Kazan; Baseado no romance de John Steinbeck
Não vemos os caminhos mas acreditamos que eles existem, e que há entre brumas e sombras, o semelhante, o humano. Gastamo-nos em revelações, gestos, lágrimas e surpreendemo-nos como ainda nos iludimos. Até o ponto de não retorno, que revela esta cena.
É a história de um filho (James Dean) que disputa o amor de um pai que manifesta preferir o irmão.
O pai não aceita o presente (o dinheiro que simboliza “o amor”) que o filho lhe dá – não reconhece as iniciativas do filho. Não reconhece o filho.
Este pai, que vive sob rigorosos princípios da decência, tem um sentimento de omnipotência – o sentimento de ser melhor do que os outros, e não precisar deles, ou, neste caso, não aceitar o filho (Cal) como diferente, como ser de relação, mas sim, como objecto de domínio ("devias ser como o teu irmão"). Como se fosse uma parte de si próprio, que ele (o pai), deve achar que é a parte melhor.
Construiu esta personagem, não sabemos se acredita nela. Grave seria se acreditasse.
Construiu esta personagem, não sabemos se acredita nela. Grave seria se acreditasse.
Um Livro: "Famílias e como (sobre)viver com elas" de John Cleese e Robim Skiner.
É um diálogo sobre várias temáticas (casamento, filhos…) entre um terapeuta familiar e um antigo cliente. Muito interessante.
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