“Receio-te quando te aproximas, amo-te quando estás longe” O Outro Canto de Baile, Assim Falava Zarathustra, Nietzsche
Não me surpreende que Nietzsche tenha tido, na realidade, este tipo de sentimento de ambivalência (a vontade de destruir e o desejo de reter), pressuponho que por uma mulher, pelo que se sabe das suas opiniões sobre as mesmas. Num abuso de confiança da minha parte, utilizo a sua confissão para ilustrar a imagem do “porco-espinho”: ao idealizar o outro e faze-lo acreditar que é alvo de atenções especiais, este envaidecido aproxima-se, mas devido a essa proximidade, vê-se repelido. Esta reação ocorre porque o sujeito receia ser dominado.
Torna-se enlouquecedor, porque tende-se a ser mal tratado em ambas as situações, o que confunde e culpabiliza a vítima, e colocando-a numa relação de dependência, aumenta a fantasia grandiosa de poder do sujeito.
Torna-se enlouquecedor, porque tende-se a ser mal tratado em ambas as situações, o que confunde e culpabiliza a vítima, e colocando-a numa relação de dependência, aumenta a fantasia grandiosa de poder do sujeito.
Está próximo da expressão brasileira “Se correr o bicho pega, se ficar o bicho come”, ou seja, “o outro torna-se ameaçador quando está demasiado perto ou demasiado afastado” (Os estados – limite, Patrick Charrier e Astrid Hirschelmann-Ambrosi, Ed. Climepsi).
Um ótimo conselho: "Não confundir intensidade (destas relações quando levadas ao extremo) com intimidade", aqui.
É um modo de "amar" típico na patologia borderline.
Um ótimo conselho: "Não confundir intensidade (destas relações quando levadas ao extremo) com intimidade", aqui.
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