G L Bernini (detalhe)
“Como a maior parte de nós foi dotado de uma sensação de horror quase instintiva perante a exorbitância do mal, quando reconhecemos a sua presença, a nossa própria personalidade é afinada pela consciência da sua existência. A nossa consciência do mal é um sinal para nos purificarmos. Foi o mal que, por exemplo, levou Cristo à cruz, permitindo-nos vê-lo à distância. O nosso envolvimento pessoal na luta contra o mal no mundo, é uma das formas como evoluímos.”
M. Scott Peck O Caminho menos percorrido Sinais de fogo.
É uma armadilha não querer ver o mal, o julgar que, se todos mantivéssemos dentro dos nossos corações a inocência, o mundo seria melhor.
Porque o mal é real. Está nas pessoas e “instituições que reagem com ódio na presença da bondade e destroem o Bem na medida em que puderem”, através das suas atitudes e políticas injustas.
As pessoas que o olham de frente, apercebem-se da escuridão que o mal nas suas diversas expressões, pode trazer às suas vidas e à das outras pessoas, e acabam por, ao ter consciência da sua presença, distinguir o certo do errado e assim celebrar a luz, que é o amor, alcançável e perfeito nas suas imperfeições.
Confissão de indiferença e resignação, é a sombra, que é também escuridão, e não previne uma merecida existência, por se colocar à mercê do mal.
Parece que é a lição aprendida pela voz das ruas, no Brasil e em outros países, através da apresentação, em paz, de propostas políticas concretas.
4 comentários:
Foi o mal que, por exemplo, levou Cristo à cruz, permitindo-nos vê-lo à distância. O nosso envolvimento pessoal na luta contra o mal no mundo, é uma das formas como evoluímos.”
Cristina já tenho lido en alguns posts seus, onde menciona Deus/ Jesus depois de entrar neste mundo da psicologia vi q muitos psicologos/psiquiatrias/psicanalistas não são crentes, acreditam no poder dos homens , não da religião, como poderemos saber de q lado está a razão? Sempre tive a minha fé mas á medida q vou tomando consciência de coisas q antes não tinha começo a ter as minhas duvidas...
Escrevo poucas vezes sobre Deus ou Jesus, e quando o faço é pela voz de Scott Peck. Ms como lhe parece que é um tema que merece alguma referência neste blogue, será o assunto do próximo post, embora seja só uma posição pessoal, através de opiniões de outros autores,
fique bem
Cristina escreve poucas coisas, mas quando as sita nas voz de outros é pq lhe diz algo essas palavras se não, não as sitava... Faço o mesmo com alguns escritores quando as suas palavras me tocam, aguardo o seu novo post.
É sempre bom ler os seus posts, estamos sempre a aprender...
Obrigada pelas suas palavras, que são encorajadoras. Sim, faço meu o pensamento dos autores que menciono. Ou seja, faz-me sentido e admiro-os, também.
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