Conseguirmos saber quais são os nossos sentimentos, necessidades, interesses ou inseguranças, é fundamental para percebermos o que é importante para nós.
É com base nesta habilidade que, por exemplo, se torna mais fácil dizermos ao outro o que na verdade pretendemos. Trata-se de perceber como os sentimentos acontecem.
Assim sendo, à medida que vamos adquirindo a ideia do que se passa connosco, mais capazes somos de perceber os outros e melhor decorre a nossa vida de relação.
Um exercício de auto - conhecimento pode ser útil, como refere o psicólogo Martin Seligman, visto que, estados de espírito como a ansiedade, a tristeza ou a ira, não desaparecem “sem mais nem menos”, sendo só possível modificá-los através do modo como pensamos. Consequentemente, em última instância, permite viver com outra atitude, experiências que estejam mais de acordo com os nossos sentimentos e necessidades, ou rejeitar aquelas que os contrariam. E, sobretudo, evitar prejudicar a saúde mental, com sentimentos de culpa.
Exercício de auto-conhecimento
Em vez de questionarmo-nos “porquê” (porquê faço isto em vez de fazer aquilo…), correndo riscos de ficarmos enredados em possíveis explicações de alcance ineficaz, e a nossa força de transformação interior ir enfraquecendo e sendo desperdiçada, devemos substituir os “porquê” por “para quê?” (para que faço isto e não aquilo…). Alcançaríamos assim uma maior “lucidez do nosso funcionamento no aqui e agora”.
Exemplos que Isabel Abecassis Empis (psicóloga e psicoterapeuta), apresenta:
- “Para quê ser agressivo?”.
- “Talvez para esconder a minha necessidade de ser amado”.
- “Para quê esta irritação com a minha mãe?”.
- “Talvez para não sentir a minha inibição devido à minha grande dependência dela”.
Exercício extraído de “Bem – Aventurados Os Que Ousam” de Isabel Abecassis Empis
Só assim poderemos evoluir, mesmo que, “…entre mim e o que em mim é o quem eu me suponho corre um rio sem fim.” Fernando Pessoa.
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