O Pecado: Necessidade desgovernada de aprovação.
Não é só atenção que
queremos. Queremos que através dessa atenção, o outro confirme o quanto
valemos.
Pomos essa
indispensabilidade no trono dos nossos desejos, como se disso dependesse a
nossa sobrevivência. E nessa ânsia, ultrapassamos a fronteira, porque devíamos
tentar agradar ao outro, só até certo ponto.
O ponto que ultrapassamos,
deu-se no momento em que julgamos que o outro não nos quer pelo que somos.
Perdemos a confiança nas nossas próprias capacidades e escondemos de nós
próprios e do outro, as nossas necessidades e os nossos interesses.
Por isso, a necessidade
desgovernada de aprovação, revela uma excessiva carência de auto-estima. Mas
isso não deveria fazer de nós vítimas, porque nessa busca desenfreada em
agradar, estão mil e um gestos com a intenção de controlar o outro, ou seja,
controlar o efeito que lhe causamos.
Tal como D. Quixote contra
moinhos de vento, sem darmos conta, temos a fantasia de uma auto - imagem
grandiosa, porque pouco corresponde à realidade. Da nossa realidade e da
realidade do outro, pouco queremos saber, ou não estamos preparados para
enfrentarmos o risco de nos pormos à mercê de sermos ou não sermos,
compreendidos e aceites pelo que somos. E se assim continuar, qualquer dia, nem
sabemos o que isso é.
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