sábado, 20 de abril de 2013

Compreender


Théodore Géricault

“Se soubermos o que uma coisa é, poderemos pelo menos começar a pensar nela e a planear uma orientação da ação de molde a tentarmos lidar com ela.”
Ricky Emmanuel Ansiedade Almedina
Situamos este texto se pensarmos nos momentos intranquilos que nos consumiam enquanto esperámos, por exemplo, por um diagnóstico médico que tardava.
Faltava-nos um nome sobre o qual pudéssemos nomear a experiencia, e com isso, delimitar a angústia. Com o diagnóstico, estamos agora mais capazes de definir um plano de ação.
O mesmo se passa no campo das emoções. É por se descobrir o que se está a sentir e o que isso significa, que os medos se tornam mais manejáveis. Para alguns de nós não parece ser o percurso para a felicidade, por acreditarmos que o que não sabemos não nos pode magoar. Pensar-se assim é uma armadilha. São pelos fragmentos do compreensível que nos vinculamos à vida.
Mas até que ponto compreendemos o que uma coisa é?  Talvez saibamos, mas não sabemos como dizê-lo. Tentamos contudo, explicar, e até num certo plano percebemos as coisas, mas só as compreendemos realmente, se as aceitamos e as integramos na personalidade e nas atitudes. A transformação de quem gosta de evoluir. 

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